O diálogo e a diplomacia têm um papel extremamente importante no panorama político internacional tanto nos dias de hoje, como tiveram em tempos passados.
De facto, o diálogo acaba por constituir uma ferramenta fundamental no mundo político, nomeadamente num contexto de políticas externas. Particularmente neste contexto, um diálogo marcado por uma atitude verdadeiramente diplomática acaba por propiciar uma discussão ou até mesmo uma negociação entre duas ou mais partes, visando chegar a um consenso ou a um acordo entre estas. Também a diplomacia tende a ter uma grande relevância nestes contextos, uma vez que se baseia na habilidade de conduzir relações interpessoais, de modo a resolver algum problema ou desentendimento entre as partes.
A meu ver, a diplomacia tem o poder de prevenir conflitos desnecessários, daí a sua excecional importância no panorama político internacional. Ela pode ser necessária para transformar a “anarquia” em ordem, a força em lei e o poder em autoridade legítima; fins estes que acabam por influenciar o estabelecimento das ordens políticas internas e externas, sendo, por isso, um dos seus principais objetivos.
Na diplomacia, por vezes estamos perante o uso de uma certa força e do poder com o intuito de influenciar o comportamento de algum adversário. Isto não quer dizer que o objetivo desta situação é propiciar uma guerra mas, pelo contrário, salientar que a ameaça pode ser utilizada de modo a alcançar determinados interesses de um Estado ou de um sistema de alianças. Deste modo, a intervenção diplomática acaba por persuadir um Estado ou um grupo “adversário” a alterar o seu comportamento repreensível e a aceitar determinadas condições, cumprindo exigências ou negociando o compromisso mais favorável às partes envolvidas.
Por outro lado, a diplomacia pode constituir uma resposta a uma ação já iniciada, ou seja, pode constituir uma estratégia defensiva utilizada para contrapor as ações empreendidas por um adversário para alterar uma situação para o seu próprio benefício, persuadindo-o a descontinuar a sua ação ou a repor a situação anterior.
Assim, penso que a diplomacia tanto pode ter como objetivo evitar o uso da força, privilegiando instrumentos políticos e diplomáticos do diálogo, da mediação e da negociação, como usar a mesma para chegar a um acordo entre entidades adversas.
Em síntese, o diálogo e a intervenção diplomática são instrumentos fundamentais que têm o poder de manter ou de restabelecer a paz mundial se forem bem aplicados, por isso é fundamental reforçar o papel que podem e que devem ter no panorama político internacional.
Sofia Daniela Silva Sousa
Agrupamento de Escolas de Lousada Oeste
+ literacia: O papel do diálogo e da diplomacia no panorama político internacional

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