Opinião de Pedro Amaral
Ao contrário do que a máquina publicitária Socialista nos queira fazer crer, a inflação em Portugal não se prende apenas com a conjuntura internacional ou com a guerra na Ucrânia.
Como em tudo na vida a realidade é bem mais complexa e o “caldo” da inflação portuguesa tem vários cozinheiros, entre eles, António Costa e o resto do Partido Socialista.
Desde que António Costa perdeu as eleições e formou Governo em 2015 que, por decreto, tem subido sistematicamente o salário mínimo nacional, sem, no entanto, demonstrar a mínima preocupação com igual ou, pelo menos, tendencial subida dos restantes salários.
Resultado? A subida do salário mínimo arrastou para dentro do mesmo saco centenas de trabalhadores que há alguns anos, pelo seu próprio mérito, recebiam mais que esse salário, mas agora se vêem a receber o mínimo como tantos outros. Numa década passamos de cerca de 400 mil trabalhadores que recebiam o salário mínimo para cerca de um milhão.
E esse milhão passou a viver melhor? Para os que já recebiam o salário mínimo tudo ficou igual porque essa subida aumentou o custo de vida e nivelou a balança do seu poder de compra para níveis anteriores. Para todos os outros, novos trabalhadores de salário mínimo e os demais salários médios, esses, perderam poder de compra face ao aumento do custo de vida em geral.
Isso quer dizer que eu seja contra a subida do salário mínimo? De todo! Os salários, incluindo o mínimo devem subir, mas devem subir proporcional e transversalmente, tendo em conta não só o esforço, mas também a qualificação dos trabalhadores.
O problema do actual “estado a que isto chegou” é que o Governo (à boa velha moda socialista) aumenta os salários mínimos, nivela todos por baixo e despreza por completo, designadamente, a classe média a quem inadvertidamente (ou talvez não) tem transformado nos novos pobres.
O salário médio em Portugal tem sido absolutamente esmagado pela subida do salário mínimo sem que haja por parte do Governo qualquer incentivo à melhoria dos mesmos, inclusive no próprio estado!
Actualmente o salário mínimo é de 705€ e muito em breve será de 760€. Ora, a Remuneração base (sem subsídios) de um militar da Guarda ou de um agente da PSP em início de carreira é, actualmente, de 809,13€. O mesmo é dizer que hoje um membro das forças de segurança se arrisca todos os dias a “levar um tiro” por mais 40 euros do que um trabalhador indiferenciado na indústria ou no Estado.
Um exemplo entre muitos, mas podíamos falar de milhares de trabalhadores da classe média que se tornaram pobres às mãos de Costa! Secretariado das empresas, técnicos superiores, trabalhadores industriais altamente especializados, enfermeiros, bombeiros, militares;
Enquanto isso, Mariana Vieira da Silva (para se posicionar numa potencial corrida à liderança do PS) contrata um recém-licenciado da maior concelhia socialista do país, sem qualquer experiência, para seu assessor para ganhar cerca de 3.700€ brutos por mês.
De facto, dizem que a pior pobreza é a de espírito e isso continua a ser evidente na lógica do socialismo português.
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