Caro/a leitor/a,
O primeiro telemóvel surgiu há quase 50 anos, pesava mais de um quilo e custava o equivalente a 3 750 euros. Desde então temos assistido a uma total revolução tecnológica do telemóvel, servindo para chamadas e mensagens telefónicas como para tirar fotografias, publicar conteúdo nas redes sociais, conferir o saldo bancário, fazer pagamentos, promovendo uma maior dependência dos dispositivos.
O telemóvel é hoje considerado uma extensão da própria pessoa, ao ponto de nos sentirmos mais ansiosos ou irrequietos na ausência do aparelho.
Biologicamente a utilização do telemóvel ativa a estrutura do cérebro que recebe toda a atividade prazerosa, o estímulo derivado do uso excessivo do telemóvel é considerado semelhante à atuação de drogas ilícitas, causando assim a adição.
Para além da adição, existem estudos que comprovam a existência da «nomofobia» – uma patologia associada ao desconforto ou ansiedade devido à ausência ou indisponibilidade de interagir com um telemóvel, computador pessoal.
Com o objetivo de o ajudar a implementar uma utilização saudável do telemóvel, apresento as seguintes dicas:
- Reduza, ao essencial, o tempo que utiliza o telemóvel, de forma a proteger a sua visão e postura corporal;
- Sempre que possível opte por uma comunicação cara-a-cara;
- Substitua a utilização do telemóvel por uma leitura ou meditação, sobretudo nos momentos antecedentes a ir dormir, pois promove uma sensação de maior relaxamento.
- Restrinja os horários de utilização das tecnologias.
Se está a passar por um momento de maior dependência, não se iniba de verbalizar isso mesmo. Acolha este sofrimento. Procure ajuda.
Andreia Moreira, Psicóloga

Vício do Telemóvel

Excelente artigo!
Lamento que as dicas não tenham subscritores…a dependência é atroz e assustadora.
Sinais dos tempos.