Quando pensamos na palavra “jogar”, pensamos em jogos – jogos de tabuleiro, videojogos ou até jogos de cartas. Mas jogar também pode significar arriscar algo, colocar em jogo. Nos jogos de azar estamos sobretudo a colocar algo em jogo.
O jogo é uma ação que promove a alienação do mundo ao nosso redor, seduzindo-nos com benefícios financeiros e sentimentos temporários de bem-estar. Quando jogamos, experimentamos sensações agradáveis de alívio que criam uma falsa necessidade de continuar a jogar ou até mesmo jogar com mais frequência para obter prazer –surgindo o vício.
É difícil assumir que estamos viciados em jogos de azar, sobretudo porque não há uma deterioração física imediata da pessoa. O processo de degradação surge de forma gradual afetando as áreas social, emocional e financeira da pessoa.
Contudo, podemos estar atentos a um conjunto de pequenos sinais que podem indicar o início de uma dependência como, por exemplo:
- Preocupação frequente com o jogo;
- Esforço repetido mas fracassado de controlar, diminuir ou parar de jogar;
- Tendência a aumentar os riscos ou apostas e tempo de jogo;
- Sentimentos constantes de inquietude e irritabilidade quando não está a jogar;
- Perdas ou danos em relacionamentos pessoais, quebra de rentabilidade no trabalho ou percurso académico;
- Frequente sensação de alívio de outros problemas durante o jogo;
- Necessidade frequente de mentir e esconder a prática do jogo.
Se está a passar por um momento de dependência de jogos, não se iniba de verbalizar isso.
Acolha este sofrimento…
Procure ajuda.
Andreia Moreira – Psicóloga

Jogo Patológico

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