O aumento galopante dos nossos gastos, fruto sobretudo da inflação, a guerra, o choque energético e as restrições nas cadeias de abastecimento criam-nos uma forte ansiedade.
Estamos no primeiro trimestre do ano e é recomendável ter o nosso orçamento para ano de 2023, seja este aplicável a um jovem estudante, a uma pessoa em início de carreira profissional ou a uma família.
Para o nosso orçamento, comecemos por registar os nossos gastos fixos ao longo de um ano e façamos a sua repartição por mês (por exemplo, o seguro e a revisão do carro). Ao distribuir por cada mês os gastos, evitará surpresas nas datas dos pagamentos.
Experimente apontar todas as despesas fixas e variáveis de cada mês – cabaz de alimentação, despesas com manutenção de conta(s) bancária(s), electricidade, internet, limpeza, manutenção de carros e/ou habitação, refeições, resíduos sólidos, saúde, vestuário, telefone, entre outras. É recomendável que tenha pouco dinheiro consigo e que planeie as suas despesas, nomeadamente, as refeições. A poupança maior está nas pequenas despesas.
Depois de ter os registos das despesas do mês, coloque o valor dos rendimentos e defina um valor, mesmo que pequeno, para criar uma poupança.
No final de cada mês, ao analisar os registos das suas despesas, vai, eventualmente, encontrar possíveis despesas supérfluas. Com o comparativo, mês a mês, poderá verificar que há categorias de despesas que têm valores semelhantes; mas haverá outras categorias de despesas que, eventualmente, terão oscilações.
Só com muito critério e rigor, podemos gerir o nosso dia-a-dia e, assim, criar objectivos, metas e sonhos.
Na verdade, nem o contexto actual nos deve impedir de sonhar…
Ricardo Luís *
Contabilista e Consultor de empresas
* Escreve mediante o antigo acordo ortográfico
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