Ter uma estrutura organizacional e de ‘Governance’ robusta, uma gestão profissionalizada e processos de decisão bem definidos é meio caminho andado para o sucesso das empresas.
Os gestores sabem que é tema de relevo e de grande importância. No entanto, deixam-no para plano secundário e não o executam.
Boa “Governance” é ter uma estrutura organizacional e de governo robusta, uma gestão profissionalizada e processos de decisão bem definidos, ou seja, um conjunto de regras e condutas que enquadram e orientam a organização, a administração e o controlo das empresas.
Esta temática aplica-se a nano empresas, pequenas e médias empresas ou mesmo a grandes empresas, sendo que nas empresas com matriz familiar, tem ainda problemáticas mais especificas.
Urge uma profissionalização da “Governance”. E como? Com formação das pessoas e com a necessidade de transmitir esta dimensão da temática aos empreendedores e empresários.
A questão dos modelos de governação ganha ainda mais importância nas empresas familiares, uma vez que é neles que assenta a divisão e a colaboração entre duas entidades: a empresa e a família que detém o capital, e que pode ou não estar na gestão. É necessário um funcionamento nem centralizado nem descentralizado, mas sim, distribuído entre os vários integrantes da família na gestão do dia-a-dia da empresa.
Nas PME, a questão é outra, porque a sua reduzida dimensão não lhe permite nem justifica a implementação de modelos de “Governance” muito sofisticados e pesados. No entanto, o estabelecimento de procedimentos (internos e externos) claros e definidos, e uma gestão o mais profissionalizada possível – nalguns casos conseguindo até incorporar administradores independentes – é uma mais-valia. Mais, a boa governação é um tema de todas as empresas, de todas as dimensões.
O que varia é a necessidade e os meios, e com isso o grau de sofisticação dos modelos e práticas adoptadas.
Ricardo Luís*
Contabilista e Consultor de Empresas
*Escreve mediante o antigo acordo ortográfico
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