Há a tendência, natural, de fazer uma aturada análise, aos resultados eleitorais, muito focada nos resultados para a Câmara Municipal. O que é entendível, dado que é nela que está, na verdade, o poder real, executivo – aquele que determina e decide as linhas mestras para que concelho sinta o seu desenvolvimento e progresso em obras estruturantes e transversais a todo o território.
É uma grande verdade que não requer muitos estudos e evidências – parte da vereação camarária as grandes linhas para que o território, no seu todo, seja alvo de projetos que vão de encontro aos interesses da população e que se reflitam na qualidade de vida da mesma.
Contudo, é nas Assembleias de Freguesia – de onde saem os executivos das Juntas de Freguesia: presidente, secretário e tesoureiro (aqueles que estão mais próximos dos munícipes), que está a relevância do poder autárquico, pois são elas (ou deveriam ser) o veículo preferencial das determinações das vereações camarárias. Daí a sua extrema relevância.
É óbvio que os grandes projetos só são exequíveis com o orçamento camarário, na sua grande maioria sustentados pelos Fundos oriundos da União Europeia.
Mas, também, é óbvio que sem a sua proximidade aos fregueses e a sua determinante ação os problemas, por mais ínfimo que sejam, seriam um problema para a máquina camarária. Às Uniões das Freguesias a vida está mais facilitada, pois os seus orçamentos são mais generosos e recheados dos que as demais freguesias, pela escala e facilidade de promoverem obras estruturantes de uma forma mais eficaz e autónoma.
Assim, passemos a referir o número de Uniões de Freguesias, as freguesias que as constituem, e as freguesias que sobram e não foram agrupadas, que no seu todo dão o volume ao mapa concelhio.
Nota: Referência e análise a fazer no próximo artigo.
Diário, domingo, 9 de novembro de 2025.
José Carlos Silva.













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