O que procura um profissional com o seu trabalho, sua dedicação e empenho? É ser reconhecido por suas competências, diferenciais e resultados? Apenas garantir o salário? A resposta é multifária, em função de cada profissional.
Com uma visão menos estratégica e mais humana, a empresa deve atuar como um agente estimulante e dar importância ao Reconhecimento do trabalho dos colaboradores.
Entre o colaborador e empresa comporta uma relação laboral, que se nutre reciprocamente trabalho-salário, ela deve ser justa/equitativa para ambas as partes. Será tal aplicado de forma a suster e sustentar equilíbrio, motivação, realização e Reconhecimento?
Entende-se que, pagar o salário é obrigação da empresa, e fator motivador para um colaborador desempenhar suas funções profissionais, porém, é alheio na maioria o Reconhecimento profissional, sendo este, uma forma de destacar a valorização, o empenho, a dedicação, impulsionando a autoconfiança do profissional, tornando-o mais produtivo e agregando mais valor, oriundo de benefícios financeiros/emocionais.
Quando o colaborador não se sente reconhecido, fica profissionalmente frustrado, sem ânimo para contribuir com ideias/aprimoramentos que alavanque os resultados. A produtividade, o relacionamento interpessoal são afetados. Silenciosamente, a relação laboral é descompensada. Não é profícuo trabalhar e obter ótimos resultados se não se é reconhecido por essa conquista. É comum acontecer em colaboradores que ganham muito bem, e mesmo assim se queixam de algo relacionado ao seu trabalho. Se o esforço passar despercebido de forma constante, pode ser uma das razões pelas quais os colaboradores deixam o emprego.
Lacunas de sensibilidade por parte dos empregadores reportam práticas deturpadas desvalorizando o colaborador, levando à existência de profissionais sem Reconhecimento. A responsabilidade parte destes e está nestes de fazer valer e romper com tal situação. Na maioria dos empregadores, o seu comportamento revela ausência de acompanhamento em matérias relacionadas com o Reconhecimento, no bem-estar do profissional, que em muito influência e tem impacto na performance deste, no alicerce da desatenção constante e aplicação descuidada, que desconfigura o profissional e o profissionalismo do colaborador.
O colaborador não deve ser encarado apenas como o ónus do seu contrato, assente no desempenho das funções para o qual foi contratado. Colide a nulidade do pensar e sentir, que falha nos empregadores, cabe a estes criar estímulos de motivação, desempenho, produtividade, que por vezes fica aquém, quando estes se firmam em pensamentos tacanhos. É preciso ler o profissional, acompanhar, estar atento às suas fragilidades e potencialidades, para que assim seja feito o ajuste certo, se encontre o equilíbrio e a racionalidade entre Função e Salário/Reconhecimento.
O colaborador anseia por mais e pelo Reconhecimento, mas os empregadores deturpam o que é esse mais e o Reconhecimento, que deve ser visto e atento de forma única, individual e à medida do profissional.
O profissional torna-se cada vez mais exigente à medida que é mais conhecedor, sabe o que quer e projeta, sua sensibilidade fica ofusca quando não detém compreensão e visão do empregador, ele espera espontaneidade em seu Reconhecimento.
Deve existir uma dinâmica de encontro, equidade e equilíbrio, para o Reconhecimento ganhar corpo, este acontece quando o empregador se coloca no lugar do colaborador e aí percebe seus anseios e a via certa para atuar com foque de assertividade.
É um trem que precisa de ser traçado mutuamente entre empregador e colaborador, pois a âncora de uma empresa são as pessoas.
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