Apolítico e aberto a todos sem distinção de género, origem, raça ou credo, o Movimento Escutista educa para o voluntariado, oferecendo aos jovens a oportunidade de se desenvolverem emocional, intelectual, física e espiritualmente como indivíduos, como cidadãos globais responsáveis, membros das suas comunidades locais, nacionais e internacionais.
Em Silvares, o Agrupamento de Escuteiros do CNE 1253 Silvares, Lousada, foi fundado no dia 5 de outubro de 2003.
Paulo Moreira, chefe do agrupamento desde 2013 e escuteiro desde 1999, deu-nos a conhecer o escutismo e este agrupamento, atualmente com cerca de 80 elementos, sendo a sua principal ambição ter uma sede própria.
“Escuteiro por um dia, escuteiro para sempre”
O efetivo deste agrupamento é composto por várias secções, dependendo das idades: os Lobitos, dos 6 aos 10 anos, os Exploradores, dos 10 aos 14 anos, os Pioneiros, dos 14 aos 18 anos, e os Caminheiros, dos 18 aos 22 anos. “Esta é a última secção. Este Agrupamento tem um clã de 15 Caminheiros, sendo o segundo maior do núcleo da região do Porto, o que nos orgulha”. A partir dos 22 anos, o escuteiro pode continuar a sê-lo: “A partir daqui é um homem novo, que pode querer seguir ou não, embora, normalmente, Escuteiro por um dia, escuteiro para sempre”, explica Paulo Moreira.
Para este dirigente, é muito importante o espírito de grupo criado com a formação de equipas e patrulhas: “É fundamental o conceito de família, no convívio com todos”, afirma. Importante é também o convívio com a natureza e a sua preservação.
O grupo tem tido um excelente crescimento em número de pessoas, passando de 20 para 80 elementos. “As pessoas, gostando, começam a incentivar outras a aderirem”, diz.
O escutismo é também essencial em termos do desenvolvimento das crianças, especialmente no que diz respeito à organização e responsabilidade, como esclarece Paulo Moreira: “O Escutismo tem regras, cada criança tem a sua função em cada uma das equipas”. Através de uma liderança apoiada por adultos, cada grupo de escuteiros adota o mesmo conjunto de valores.
Ao longo do ano, são realizadas várias atividades, como caminhadas, acampamentos e outros eventos. “Tudo desligado das redes sociais”, realça. Paulo destaca a experiência que o agrupamento teve na aldeia de Drave, uma aldeia escutista, que os CNE estão a reconstruir.
“O objetivo é fazermos os outros felizes”
Para além da sede própria, objetivo é contribuir para a felicidade de todo o grupo escutista. Paulo sente-se uma pessoa realizada e feliz que tem, como os seus colegas, o objetivo de fazer os outros felizes. “Por isso temos momentos fabulosos, que de facto mostram que vale a pena”, afirma, com emoção.
As dificuldades financeiras são o principal problema: “Não temos meios de subsistência. Vivemos da generosidade das pessoas, das empresas… Mas gostaríamos de ser equiparados a uma associação, pois partimos do mesmo princípio. Dessa forma, poderíamos ter mais apoios de entidades públicas”, explica.












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