Cais Cultural de Caíde de Rei não para
As severas restrições impostas às atividades sociais e culturais não conseguiram parar o Cais Cultural de Caíde de Rei, que adaptou as suas atividades ao meio digital, desde março, para conseguir chegar a todas as pessoas.
O desconfinamento e o convívio físico, ainda que limitado a um número reduzido de participantes, tornou agora possível a concretização de outros projetos, entre os quais o Clube de Leitura em Voz Alta. Trata-se de um projeto anterior à pandemia, planeado para ser concretizado no Cais, onde existe uma biblioteca. A intenção, segundo Luís Peixoto, presidente da Associação Albano Moreira da Costa, que acolhe o Cais Cultural, era dinamizar esse espaço e incentivar a leitura recreativa.
Ao longo do último mês, os seguidores do Cais Cultural puderam desfrutar da leitura em voz alta de vários textos, realizada através das redes sociais. Foram várias as pessoas que acederam ao convite para partilhar as suas leituras com o público. Para além dos momentos prazerosos criados, o Cais Cultural pretendeu “aguçar a curiosidade das pessoas” para o que viria a seguir.
A leitura em grupo, objetivo fundamental deste novo clube, iniciou-se no dia 30 de junho, na plataforma Zoom. Aqueles que quiseram partilhar as suas leituras tiveram apenas de enviar um e-mail ou SMS a formalizar a sua inscrição, essencial, uma vez que, por restrições da plataforma, o número máximo de participantes é 10.
Primeira sessão foi na Praça das Pocinhas
A leitura em voz alta mediada pela plataforma Zoom far-se-á quinzenalmente e será intercalada por sessões de leitura presencial com a mesma periodicidade. Na passada terça-feira, à noite, aconteceu a primeira na Praça das Pocinhas, que seguiu todas as normas se segurança impostas. A participação nestas sessões presenciais está também sujeita a inscrição, mas, neste caso, o limite de participantes é 20. Na primeira sessão, estiveram presentes 15 pessoas, que partilharam a leitura dos seus textos, de temáticas e géneros textuais diferentes. Poesia, textos narrativos, dramáticos, crónicas… Tudo é permitido, para incentivar a leitura e proporcionar momentos de relaxamento e prazer, desde que a leitura não ultrapasse os três minutos.
Segundo Luís Peixoto, esta primeira sessão correu muito bem, criando expectativas positivas quanto às iniciativas futuras.
Esta atividade pretende chegar a todo o concelho, estando prevista a sua realização em várias freguesias, num parque, jardim ou adro de igreja perto de si. Se fizer a sua inscrição, mas, entretanto, não tiver tempo de escolher um excerto textual para ler, a organização põe à disposição do leitor vários textos para que possa escolher aquele que mais lhe agrada.
Atriz Patrícia Queirós coordena o projeto
Os leitores podem ainda contar com a orientação da coordenadora deste projeto, a atriz Patrícia Queirós, podendo assim melhorar a sua leitura, tornando-a mais expressiva.
O projeto Clube de Leitura em Voz Alta insere-se no programa mais alargado denominado “Cais na Rua”, que levará a cabo várias iniciativas até setembro, respeitando as regras sanitárias e acautelando a saúde pública.
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