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Entrada O Louzadense

Ana Gouveia: uma mulher de causas

De Redação
Dezembro 25, 2020
Em O Louzadense, W
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Ana Gouveia: uma mulher de causas

Ana Gouveia

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O ensino e a comunicação estão-lhe no sangue e admite ser uma pessoa positiva. Acredita na vida, nos outros e nas lutas. Define-se como uma mulher de causas e uma lutadora pelos direitos. Ana Maria Mendonça Gouveia tem 70 anos, nasceu no Funchal, na Ilha da Madeira, onde viveu toda a adolescência. Há cerca de 40 anos que se apaixonou por Lousada, onde foi educadora de infância, e se tornou uma “defensora da terra”.

Ana Gouveia cresceu na Madeira e é lá que tem memórias da infância, que define como “maravilhosa”, e que pensa ter sido determinante para a mulher que é hoje. “Acho que a infância determina muito o que vamos ser mais tarde, a nossa vida, e a minha infância foi maravilhosa com uma família ótima, um pai e uma mãe excelentes, com irmãos e montes de primos, com avós e com tios. No tempo em que se brincava na rua, havia outros meninos da vizinhança e brincávamos todos, onde íamos a pé para a escola em grupo, porque a escola também era perto, fazíamos aquelas brincadeiras de tocar às campainhas e fugir. Fui muito feliz e acho que isso contribuiu muito para a pessoa que eu fui mais tarde”, confessa.

“A minha adolescência foi toda durante o tempo do fascismo, mas já quando era adolescente, fazia parte da minha personalidade, já lutava. Lembro-me que andava no liceu e houve um filme sueco que quando vem para Portugal é exibido para maiores de 21 anos. Isso levantou um borburinho e fiz parte de um grupo que fez um abaixo assinado para apresentar ao Governador Civil do Funchal, explicando os objetivos com que aquele filme foi feito e solicitando que gostaríamos de poder ver, poder aprender e poder conhecer”, relembra.

“Se me pudesse descrever diria que sou uma mulher de causas. Tudo o que é uma causa justa para a sociedade e para a comunidade vale a pena lutar e nunca desistir”,

O grupo acabou por conseguir ver o filme, contudo, “fomos chamados ao Governador Nacional, no Palácio de S. Lourenço, que falou connosco numa conversa muito paternalista. Mais tarde percebi que os nossos nomes ficaram lá registados, porque tudo aquilo que mexia e era fora da caixa era tudo muito sujeito a vistorias e a pressões”, lamenta.

Hoje, define-se como uma pessoa positiva, que acredita que vale a pena lutar por aquilo em que acredita. “Se me pudesse descrever diria que sou uma mulher de causas. Tudo o que é uma causa justa para a sociedade e para a comunidade vale a pena lutar e nunca desistir”, garante.

Questionada sobre se já se sente uma lousadense, Ana Gouveia não hesita. “Há muitos anos que me sinto uma lousadense, já tenho muitos anos aqui, cerca de 40, é uma vida. Sou completamente lousadense e defensora da terra, porque acho que as políticas, mesmo a nível de entidades governamentais para Lousada, têm sido políticas excelentes, temos boas escolas, a nível de saúde, de apoio às famílias. Acho que Lousada é uma terra muito boa para se viver”, comenta.

Sonho de educar

Com o sonho de ser educadora de infância e uma vez que na Madeira não existiam universidades, Ana Gouveia voa até Lisboa onde faz o curso de educadora, numa escola privada. Assim, no verão de 1973 termina o curso e começa a exercer em outubro do mesmo ano, tendo casado em fevereiro do ano seguinte. “Já era uma ditadura muito a chegar aos finais, continuava a ser um regime salazarento, mas, felizmente, foi já no final e, pouco depois de começar a trabalhar, veio aquela maravilhosa revolução que transformou as nossas vidas todas para melhor”, afirma.

Apaixonada por tudo o que é comunicação e expressões, acredita que este sonho passa pela experiência de ter sido escuteira e, o facto de, aos sábados, “estar com os lobitos, aquela dinâmica preenchia-me e fez-me gostar muito de crianças”, conta a educadora. “Foi uma escolha de vida e sinto-me muito feliz por a ter feito. Ainda assim, reconheci que há muitas outras coisas em que eu poderia ter sido feliz, mas, sobretudo, acho que contribuí para a felicidade dos meninos e isso é a minha maior alegria da vida”, confessa orgulhosa.

“Acredito que temos de lutar pelos nossos direitos e que, simultaneamente, temos de ser muito bons profissionais”

Enquanto educadora também não deixou de lutar pelas convicções e foi, durante muitos anos, dirigente sindical. “Acredito que temos de lutar pelos nossos direitos e que, simultaneamente, temos de ser muito bons profissionais. Portanto, acredito que as classes profissionais têm de se juntar e têm de fazer esta força. Aos lutarmos pelos nossos direitos também estamos a lutar pelas melhores condições das escolas. Acreditei sempre, lutei, estive em greve, estive em manifestações, porque quando eu acredito que é o melhor para todos acho que tenho de estar lá, é uma obrigação que temos”, manifesta.

Ana Gouveia (ao centro) foi educadora de infância até aos 55 anos

A educadora teve um papel importante na luta pela dignificação da profissão de docente, dado que a educação pré-escolar da rede pública só foram uma realidade pós 25 de abril, “e foi preciso desmistificar a ideia do jardim de infância com o principal objetivo de ser guarda de crianças e a dos educadores como pessoas simpáticas com muito jeito para crianças. Durante anos esta foi a grande missão”, conta.

“Os professores, como outras profissões, mas a classe docente, é muito avaliada pelos pais, pelos pares, pela comunidade, é um olhar sempre muito atento ao que faz, aos comportamentos, como trabalha o professor”, refere Ana Gouveia.

Após a Revolução dos Cravos sempre trabalhou na rede pública, que garante ter sido muito interessante dado a diferença de idades entre colegas, mas nunca foi um impedimento para criar uma boa relação de companheirismo. “Claro que ser mais velha, de ter mais experiência, de ter estado também na formação, e aqui concretamente em Lousada, numa fase anterior, todas as educadoras do concelho trabalhavam em núcleo, reuniam-se tudo o que era educadora e tinham uma reunião mensal, normalmente era coordenadora e não era por nada de especial, só pela minha mais experiência e a minha forma de ser mais comunicativa”, garante, acrescentando que era apenas “a Ana e que tem mais 15 anos do que a maioria delas”.

“Foi muita experiência, muito conhecimento, fui adquirindo saber, e os meus meninos, claro, são sempre os nossos meninos”

“Também fui formadora, fui professora no Magistério Primário de Penafiel, no curso de Educadora de Infância, mais uma experiência de vida que foi muito interessante. Depois aconteceu vir para o terreno e apanhar alunas minhas o que é fantástico”, afirma, referindo que nunca sentiu o peso dos anos a mais que tinha.

Ana Gouveia retrata-se como “líder nata” e garante que teve uma vida de profissional de uma grande felicidade. “Espero que muita gente possa dizer isto, mas sinto que foi pleno, foi muito bom, foi muita experiência, muito conhecimento, fui adquirindo saber, e os meus meninos, claro, são sempre os nossos meninos”, testemunha.

O primeiro trabalho no Norte do país foi no Jardim de Infância da Misericórdia de Paredes, em 1977. Três anos mais tarde, abriu a rede pública dos Jardins de Infância para onde concorreu e ficou a exercer até à reforma, tendo passado por escolas no Marco de Canaveses, Penafiel e, por fim, no Jardim de Infância de Boavista, Silvares. Em 2005, com cerca de 30 anos de serviço, reformou-se aos 55 anos.

Da cidade para a vila

Em 1977, depois de cinco anos a viver na capital, a educadora vê-se obrigada a mudar de vida. Devido à má adaptação do marido, natural de Lousada, à cidade de Lisboa, o casal muda-se para a vila. “Encontrei-o no Funchal, porque naquele tempo todos os homens iam para a guerra e, no caso dele, teve na Madeira, foi lá que nos conhecemos. Mais tarde o meu marido esteve na guerra, na Guiné, e nessa altura fui para Lisboa estudar. Quando o meu marido veio eu estava a acabar o curso e nunca me tinha passado pela cabeça que poderia sair, uma coisa é sair do Funchal e ir para Lisboa, outra coisa é vir para o Norte”, assegura.

“Aconteceu que o meu marido não se conseguiu adaptar a Lisboa. Depois foi o inverso, para mim foi muito difícil chegar aqui, porque Lousada e o Vale do Sousa que conhecemos hoje são muito diferentes do passado. Para quem sempre tinha vivido na cidade isto era uma vilazinha, era como se fosse uma freguesia da minha terra e não foi fácil”, conta Ana Gouveia, garantindo que foi uma adaptação difícil.

A adaptação foi demorada e a educadora viu na profissão um porto de abrigo para superar a fase mais atribulada. “Uma pessoa que vinha de um meio muito mais aberto, a todos os níveis, e chega a uma terra pequenina que também nem sequer tinha nada à volta, tinha o Porto, que mesmo esse não tinha as acessibilidades que tem hoje. Foi muito difícil a adaptação, a própria forma de ser das pessoas de uma vila, de um lugar pequeno, tudo isso era diferente, as pessoas eram mais fechadas, mas consegui”, orgulha-se.

“A minha profissão foi sempre o meu baluarte e investi tanto ali que depois as coisas foram-se resolvendo naturalmente. Depois a vila também foi evoluindo e hoje posso dizer que Lousada é um sítio ótimo para se viver”

“A minha profissão foi sempre o meu baluarte e investi tanto ali que depois as coisas foram-se resolvendo naturalmente. Depois a vila também foi evoluindo, culturalmente, e hoje posso dizer que Lousada é um sítio ótimo para se viver, tem uma boa qualidade de vida para as famílias, para os jovens”, declara, garantindo que não está arrependida e foi feliz. “É claro que não sei como teria sido a minha vida se tivesse ficado em Lisboa, só sei como é que foi esta aqui. E também fico feliz por ter ajudado neste crescimento e isso dá-me uma grande satisfação como pessoa”.

Seguindo o sonho dos ilhéus de “sair da ilha”, a educadora sempre conseguiu gerir as saudades e as visitas à família. “A ilha é uma coisa maravilhosa, mas é isto mesmo, uma ilha, que está cercada de água por todos os lados. Há sempre o sonho de como é para lá deste mar. Infelizmente, tinha de haver alguma capacidade financeira das famílias para os jovens puderem ir estudar para fora, tal como hoje, ninguém estuda ao pé de casa. Por muito que eu amasse a Madeira, o Funchal e a minha vida, há sempre o sonho de descobrir para fora”, esclarece.

“Apanhar o avião para o Funchal era relativamente fácil e os de lá também para aqui. Ia sempre passar os natais e férias, nesse aspeto houve sempre muita proximidade porque era permitido”, afirma, referindo que é uma distância fácil de gerir.

Primeira mulher na Direção da ACML

Depois da reforma, Ana Gouveia procurou outras formas de ser útil na sociedade e foi diretora da Associação de Cultura Musical de Lousada, transformando-se na primeira mulher na direção administrativa, onde esteve durante 12 anos, que terminaram em dezembro de 2019. Atualmente, continua nos órgãos sociais, na Assembleia Geral.

“É uma associação cultural, numa terra onde tem uma classe jovem muito grande, ao contrário do que vai acontecendo por esse país fora. Esta associação dá uma resposta cultural importante para a comunidade. Estive aqui 12 anos, tive funções executivas e continuo A partir do momento em que fiz 70 anos, saí, porque acho que todos nós temos um tempo, há um tempo para tudo na vida e sobretudo temos de ser suficientemente inteligentes quando o nosso tempo deve acabar”, expressa. 

Passado quatro mandatos, os últimos dois como presidente da direção, “saí, mas continuo na associação, sou presidente da assembleia geral, não cortei os laços que tenho, porque tudo aquilo que nós vivemos, pelo menos eu sinto isso, fica para a vida toda, fica para sempre, faz parte da nossa história. Digamos que se falarem em pegadas que deixamos ao longo da nossa vida, é a de uma grande solidariedade. Penso que é isso que me define e me dá algum conforto quando penso em mim e reflito, tenho a sensação de dever cumprido de achar que andei por cá, e que ando, e que valeu a pena”, orgulha-se.

“Vivemos numa comunidade e temos obrigação de estar onde achamos que podemos fazer alguma coisa e não podemos pensar que a nossa vida é dentro das quatro portas, porque acredito que a nossa vida é muito além das quatro portas e é muito na comunidade onde estamos inseridos”

Por convite de, na altura, vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Lousada, colaborou na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens durante seis anos. “A senhora vereadora achou que eu teria, também pelo meu conhecimento da comunidade onde estava, que tinha o perfil para estar ali e claro que aceitei, porque estava relacionado com a minha luta, não só relacionada com a profissão, mas porque a luta pelo bem-estar das pessoas, dos jovens, das crianças, das violências domésticas, é uma luta que tem de ser de todos. Foi uma experiência muito gratificante, difícil, porque não é fácil constatarmos e termos conhecimento das dores e dos sofrimentos dos outros, mas, por outro lado, também é gratificante, qualquer forma que tenhamos de colaborar, de participar, de melhorar, também é uma boa gratificação”, expressa.

Homenagem ao Conservatório Do Vale do Sousa no 20.º aniversário

A educadora acredita que os professores já têm uma sensibilidade para perceber as dificuldades que as famílias possam estar a passar e que, depois com o contacto direto, “há muitas formas de, indiretamente, podermos ter algum tipo de intervenção, não direta, mas indiretamente há coisas que se podem tentar minimizar”, reflete.

“Estamos numa sociedade, vivemos numa comunidade, e temos obrigação de estar onde achamos que podemos fazer alguma coisa e não podemos pensar que a nossa vida é dentro das quatro portas, porque acredito que a nossa vida é muito além das quatro portas e é muito na comunidade onde estamos inseridos e no país, de uma forma mais geral, para não dizer no mundo. Acho que isso me define, quem me conhece sabe”, expõe.

Parar é morrer

“Parar é morrer” podia definir o estado de espírito de Ana Gouveia que vive em busca de novos projetos todos os dias. O mais recente envolvimento social foi a Universidade Sénior, tendo sido uma das pessoas que esteve no grupo que dinamizou a criação da Universidade Sénior do Autodidata de Lousada (USALOU).

“Estive lá uns anos, embora tivesse já abandonado, é um projeto muito interessante, e há que ter projetos de vida, eu não consigo imaginar-me a viver sem ter projetos, sem ter alguma coisa que é importante, isto de viver à espera de, que é o está a acontecer agora, estar em casa à espera que os dias passem”, testemunha.

Sobre o futuro, a educadora não sabe o que estará para vir, mas garante que espera um novo desafio. “Quanto mais os anos vão passando e vamos ficando mais velhos, vai-se aproximando mais aquela meta que todos sabemos que é inevitável, que é um dia vamos morrer. Acho que até chegar lá, a este dia que sabemos que vai acontecer, e que ainda bem que não sabemos quando, recuso-me a ficar sentada no sofá à espera, agora o que vou fazer não sei, mas vou fazer alguma coisa, isso garanto. Estou à espera de que isto passe para encontrar o meu próximo desafio e projeto de vida”, termina.

Redação

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