Opinião de Edge Coletivo
A Arte vem desde os primórdios da Humanidade, há pelo menos 43 900 anos, deixando a sua pegada e testemunho na história e demarcando-se sempre como tendo tido um papel importantíssimo no que toca à evolução.
Deste ponto de partida mais ou menos conhecido, a Arte tornou-se parte do ADN do ser humano: iniciando na Arte Pré-histórica, inserindo-se no despoletar da linguagem, utilitarismos e espiritualidade; na Arte Egípcia, focando-se mais a nível religioso e divino; passando pela Arte Grega, a mais influenciadora da sociedade e cultura atuais; na Arte Renascentista, onde o despertar de valores humanistas e antropocentristas representaram um ponto fulcral na definição do “ser”, “estar” e “ter”; até à Arte Contemporânea, talvez a mais controversa de todas, porque vive sobretudo do seu conceito e objetivo, e não tanto pelos seus valores técnicos.
Em pleno ano de 2021, a Arte é tudo o que possa ser imaginado, pensado ou idealizado, como descreve o artista Andy Warhol (“Art is anything you can get away with”). A melhor maneira de celebrar este conceito é apenas criar, e é deste lema que o “Edge Coletivo” se propulsiona.
José Moreira, licenciado em Artes Digitais e Multimédia na Escola Superior de Artes e Design, e Gonçalo Mota, formado em Cinema na Faculdade de Middlesex (Londres), fundam este projeto coletivo intitulado de Edge. Como objetivo base, propõem-se à criação de arte nos seus mais variados elementos, seja ela em vídeo, design ou até artes plásticas, sem limitações no que toca à criatividade e ambição.
De entre os diferentes projetos que começam a constituir o portefólio do Edge Coletivo, talvez o mais ambicioso e digno de destaque seja a composição de uma revista dedicada unicamente à Arte e à Cultura.
De nome EDGE, consonante com o nome do projeto, esta revista visa dedicar-se à máxima abrangência que as artes nos podem oferecer, seja ela inserida na dança, música, artes virtuais e visuais, etc. A opção de desenvolver cada edição em torno de um tema/tópico tem o intuito de trazer a partilha entre artistas e colaboradores que trabalharão lado a lado para construir uma obra inigualável.
De acordo com o tema escolhido na edição, o trabalho gráfico apresentar-se-á coerente e apelativo de modo a fazer da revista uma “obra de arte” ela mesma.
Para além de tudo isto, esta ideia move-se na solidariedade e oportunidade de dar a conhecer tanto artistas recém-formados de Lousada e arredores, como artistas já conceituados, focando-se num destes últimos por edição. O que prevalecerá será sempre a promoção da Arte e da Cultura em uníssono, para que a região do Vale do Sousa e, possivelmente no futuro, o país possa conhecer o que melhor se faz na arte nacional.
A 1.ª Edição, já com o tema “LIMITES” anunciado, terá data em meados de Agosto, no entanto, em breve serão divulgadas mais informações a esse nível. José Moreira e Gonçalo Mota pretendem com o Edge Coletivo deixar um testemunho na Arte e Cultura da história “Louzadense”.