O candidato da Coligação Acreditar Lousada à presidência da Câmara Municipal, Simão Ribeiro, defende a implementação de polos de investigação e desenvolvimento (I&D) na futura zona industrial de Caíde de Rei, em parceria com uma universidade de referência, adequados às necessidades de empresas de carácter tecnológico.
Para Simão Ribeiro, “a zona industrial de Caíde de Rei é um projeto que já chega tarde” e que não deve basear-se apenas na introdução infraestrutural. “Deve ser pensado em parceria com a Universidade do Porto ou a Universidade do Minho, de forma que ali sejam criados polos de I&D e, também, ensino profissionalizante adequado ao tipo de empresa que queremos captar e da mão-de-obra que será necessária”.
No fundo, acrescentou o candidato, “aquilo que está em causa é decidir entre uma Câmara Municipal que será um mero promotor imobiliário – como foi em Lustosa – ou uma autarquia que tenha um projeto verdadeiramente inovador, de futuro, pensado a uma década, que é aquilo que proponho”.
O candidato lembrou que “a zona industrial de Caíde de Rei é uma bandeira que o PSD defende há mais de 30 anos e que, durante todo esse tempo, foi sendo empurrada para a frente pelo Partido Socialista”.
Simão Ribeiro sublinhou que “já em 2013 o atual candidato do Partido Socialista, Pedro Machado, dizia que, no mandato de 2013 a 2017, iria concretizar este projeto, mas depois, em 2017, retirou-o do seu programa eleitoral e deixou-o cair no esquecimento”.
“Agora, decidiu recuperar esta ideia, depois de ser confrontado com o nosso discurso de modernidade, de necessidade de captação de investimento e inovação. E, afinal, vem dizer que consegue resolver tudo em menos de um ano”, disse.
Na opinião de Simão Ribeiro, a zona industrial de Caíde de Rei deve ser vocacionada para empresas de base tecnológica porque Lousada necessita, urgentemente, de criação de emprego com melhores salários.
A propósito, recordou que “Lousada é, entre os 80 concelhos mais populosos do país, aquele que regista menor índice de rendimento per capita”. E lembrou as responsabilidades de Pedro Machado nesta situação ao realçar que o candidato do Partido Socialista “é presidente da Câmara há 10 anos e foi ainda mais seis vereador”.
“Nas suas intervenções, o candidato do PS tem dito que o rendimento em Lousada aumentou 12,9 por cento nos últimos quatro anos, mas esquece-se de referir o resto, ou seja, que no mesmo período o salário mínimo nacional cresceu 14 por cento”, destacou Simão Ribeiro.
“Portanto, se fizermos esta comparação, percebe-se, claramente, que aquilo que aumentou em Lousada pouco mais foi do que salários mínimos nacionais, cuja responsabilidade do município é zero”, acrescentou.
Além disso, Simão Ribeiro defende uma leitura adequada dos números do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao desemprego. “É verdade que a taxa de desemprego está nos cinco por cento em Lousada, o que significa que 95 por cento da população ativa do concelho encontra-se empregada. No entanto, ainda segundo dados do INE, essa população ativa representa 71,6 por cento dos habitantes de Lousada, o que corresponde a cerca de 34 mil pessoas”, explicou.
“Destas, trabalham em Lousada – em todas as áreas que não dizem respeito ao setor público nem a instituições financeiras – entre 18 mil a 20 mil pessoas. Isto quer dizer que existem 14 mil pessoas – cerca de 40 por cento da população ativa de Lousada – que foi obrigada a sair da sua terra para poder encontrar emprego e melhores salários”, acrescentou.
Simão Ribeiro lamentou, por isso, que a maioria socialista e a candidatura do PS divulguem apenas os números que servem os seus interesses e não a realidade do concelho de Lousada, que governam há décadas.
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