A segunda edição de “Mentes Brilhantes” decorreu ontem (sexta-feira, dia 7), pelas 21h, e contou com a presença da ex-Eurodeputada Ana Gomes e da Lousadense Marta e foi Valiñas, ambas com papéis muito relevantes na área dos Direitos Humanos, moderada pelo Prof. Luís Ângelo Fernandes.
A Dra. Ana Gomes é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, jurista, antiga diplomata e política. Chefiou a Missão Diplomática portuguesa na Indonésia durante o processo de independência de Timor-Leste e foi também deputada no Parlamento europeu, entre 2004 e 2019.

A Lousadense Dra. Marta Valiñas é também licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto e Mestre em Direitos Humanos e Democratização. Em 2019 foi nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para liderar a Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos sobre a Venezuela.

Assistiram presencialmente cerca de 70 pessoas, além da transmissão online.
Ana Gomes chamou a atenção para a coincidência de ela e Marta Valiñas, as duas oradoras do evento, serem duas mulheres que exemplificam a evolução dos Direitos Humanos porque ambas são diplomatas, que é uma carreira que esteve vedada às mulheres até ao 25 de Abril de 1974.
Luís Ângelo Fernandes, o moderador do debate, referiu-se à corrupção como um dos males que mais afeta os Direitos Humanos. Ana Gomes disse que subscreve essa perspetiva. Aliás, o combate à corrupção é desde há longa data uma das áreas mais abordadas pela eurodeputada.

Marta Valiñas sublinhou que a tortura, a proibição e certa violência de género não são compreendidas da mesma forma em todo o mundo e isso preocupa-a.
Marta Valinhas fez notar a importância das organizações não-governamentais e do jornalismo para denunciar as violações dos Direitos Humanos, sobretudo em países ditatoriais ou que resistem à legislação e aos tratados internacionais. Recorde-se que esta lousadense faz parte do tribunal da ONU que analisa eventuais crimes deste género na Venezuela.
No seu estilo muito característico, muito frontal e incisivo, Ana Gomes disse que “não devemos amochar diante da Rússia”, cujo regime considera dos mais violadores dos direitos humanos na atualidade. A ativista afirmou que a China constituiu um problema ainda maior nesse âmbito. Quanto à Europa, foi com algum júbilo que concordou com o moderador ao afirmar que é um farol mundial no que toca aos Direitos Humanos.

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