Com 84 anos, faleceu hoje uma destacada figura do último terço do século XX em Lousada. Francisco Vítor da Cunha Magalhães foi presidente da Assembleia Municipal entre 1979 e 1985, eleito pelo CDS, em coligação com o PSD. Era apologista da ideologia democrata-cristã. Presidiu à Comissão Política do CDS de Lousada e pertenceu à Mesa Distrital deste partido, pelo qual foi candidato a deputado nas eleições legislativas de 1987. Integrou os corpos diretivos de várias coletividades locais, designadamente da Associação Desportiva de Lousada.
Em termos profissionais, foi um renomado Técnico Oficial de Contas e chefe da Repartição de Finanças de Montalegre, Guimarães e Lousada, motivo pelo qual veio para este concelho. Aqui se estabeleceu com gabinete de Contabilidade, na Rua Visconde de Alentém. Desempenhou funções de Chefe de Pessoal da sociedade industrial “Estofex, SARL” e de contabilista na Câmara Municipal de Lousada.
A escrita de cariz histórico era uma grande paixão deste cidadão, tendo publicado inúmeros artigos e algumas obras. Nesse âmbito foi diretor e proprietário do Jornal de Lousada e publicou em 1958 o livro «Monografia de Cabeceiras de Basto»”. Também colaborou com a Rádio Lousada com dois programas.
Francisco Vítor da Cunha Magalhães era natural do lugar de Ponte de Pé, freguesia de Refojos de Basto, do concelho de Cabeceiras de Basto.
Foi um dos cinco filhos de Bernardo de Magalhães e Idalina da Conceição da Cunha Magalhães, daquele concelho da região de Basto. Também ali nasceu a sua esposa, Camila Gonçalves Pereira de Magalhães. Tiveram duas filhas: Idalina José (professora) e Maria Teresa (enfermeira).
O Louzadense endereça sentidas condolências à Família.

Comentários