Debruço-me no cais, sobre o rio, é nostálgico o momento. Os barcos vão, os barcos vêm, junto vai o pensamento, o meu pensamento, povoado de memórias, umas alegres, divertidas e descontraídas, saídas da minha infância, livre e despreocupada e outras menos simpáticas, carregadas de cores menos garridas, mas ainda assim, são parte da minha história.
O horizonte é límpido, mas de vez em quando surgem pequenas nuvens que desaparecem e aparecem. As gaivotas fazem barulho, junto com os outros pássaros, e eu penso nas pessoas que partem à procura de uma vida melhor, deixando para traz memórias, vivências e sonhos. Às vezes vale a pena outras vezes, nem por isso.
O mundo criado como um jardim, tem também ervas daninhas, com as quais temos que ter cuidado e para as quais nem sempre estamos preparados para nos defendermos.
As partidas são sempre tristes, sejam temporárias ou definitivas, e deixam atrás delas, um sentimento de saudade, difícil de superar, levando-nos ao cais da nossa memória, em que vagueamos ao leme das nossas recordações.
Mas a vida continua…
Gabriela Meireles
6.ºano
Escola Básica de Lousada Centro
Agrupamento Lousada
+ literacia: A vida é movimento

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