Depois dos Sun Mammuth, outra banda das redondezas, Lilith’s Revenge lançou uma obra discográfica de originais. Este álbum intitulado Children from Eden foi apresentado no Metalpoint (Porto), num evento em que a banda de Paula Teles foi apadrinhada por duas congéneres mais experientes, os Secret Chord (Coimbra), de Raquel Subtil, e os Glasya (Lisboa), de Eduarda Soeiro.
O álbum é uma edição do Redbox Studio, de Paços de Ferreira, e inclui 11 temas que estão disponíveis no YouTube: The Sword (lançado em Março deste ano), Midnight rain, Carry on, Start the fire, White crow, Unforgetable, Dead doesn’t mean gone, Sweet Oblivion, Children from Eden, Revenge e Blindness.
Para análise do tema principal e que dá nome ao álbum convidamos três especialistas na desafiante arte da crítica musical. O produtor de eventos Alberto “Boss” Barros, de Penafiel, começou por dizer que “Children from Eden é uma agradável surpresa” e referindo-se ao tema principal do álbum “tem maturidade, é bem ritmado e bem balançado”. Prosseguindo na sua análise crítica, Berto Boss sublinhou que “é um tema harmonioso e sem grandes truques”, que se destaca por ser “simples e eficaz”. Questionado sobre a sua opinião geral acerca desta banda composta por intérpretes de Lousada e Paredes, disse esperar que “continuem, pois para mim estão no bom caminho e dou os parabéns a todos os elementos”.
O compositor e teclista Duarte “Van Svalberg” Souza diz sobre o tema que cômputo geral “os padrões rítmicos assim como as progressões estão bem alicerçadas num baixo coeso e num drum beat sólido, sem a necessidade de floreados ou exageros técnicos, seguindo se um bridge que me remete pra sonoridades nórdicas ao bom estilo do Folk viking metal dos Amon Amarth, por exemplo. É no refrão porventura que reside a única lacuna no tema, ficando no ouvinte a sensação de que poderiam ser um pouco mais arrojados, seguindo se os solos que uma vez mais se adequam numa perfeita simbiose na composição, tudo isto culminando num final, em jeito de interludium, como este deve ser feito, remetendo o ouvinte para um estado de introspecção, onde a vocalista Paula Teles executa um jogo vocal irrepreensível, épico, alternando entre registos vocal-operisticos tão díspares como os de Sharon den Adel (Within Temptation) com o lirismo mais académico da ex-nightwish Tarja Turunen, fechando com chave de ouro este single”.
Por sua vez, o guitarrista e crítico musical Filipe “Sacador” Barbosa, de Lousada, afirma que “Children from Eden tem som grosso, com forte ritmo e compasso, notavelmente apoiado pelo baixo e bateria. Junta-se a este som a voz lírica e suave da Paula Teles, que complementa e eleva a faixa”.
“Embora estejamos habituados ao som das teclas neste estilo, isto é dispensável devido ao som cheio que está presente. A faixa apresenta um final impressionante, onde saliento o trabalho vocal e excelente trecho da guitarra baixo”, enaltece Filipe Barbosa. Acrescenta que “a entrega, paixão e trabalho são notórios e como nos diz a track… Nothing is Given for Free…”.
A concluir este estreante nas análises musicais para o Louzarock refere que “gostos não se discutem, e nem será isso o mais importante na arte da música, mas ouvindo o single, cresce a vontade de conhecer e explorar este trabalho”.
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