Luís Paulo da Silva Machado Pacheco, com 51 anos, nasceu e cresceu em Pias. Desde cedo, começou a trabalhar, porém, determinados problemas físicos fizeram com que abandonasse a sua atividade profissional. A música é a sua verdadeira paixão e, hoje, apresenta um repertório grande de canções da sua autoria. Conheça este cidadão que marca presença nas mais variadas festas do concelho e arredores.
Luís Machado, de 51 anos, reside na freguesia que o viu nascer e tornar-se homem. Iniciou o seu percurso escolar, precisamente, na escola primária da terra e, posteriormente, mudou-se para Cristelos para completar o 2º ciclo do ensino básico. Concluído o 6º ano de escolaridade, decidiu não continuar o seu caminho e começar a trabalhar.
A sua atividade profissional começou na FAMO e, passado alguns anos, saiu para a VALFIOS. No entanto, a sua passagem nesta durou apenas 9 meses e regressou à casa que lhe ensinou muito daquilo que hoje sabe, a FAMO. Após 14 anos, deixou por definitivo a mesma e foi trabalhar para o Matadouro em Penafiel.
Com 39 anos, devido a problemas físicos, começou o seu processo para obter reforma por invalidez. O lousadense possuiu um problema cervical e sofreu várias intervenções cirúrgicas e, em 2019, colocou uma prótese na anca. “Eu tinha a anca completamente rompida e não aguentava de dores e, nesse sentido, fui operado e colocaram-me uma prótese”, conta.
Dado estas conjunturas encontra-se reformado por invalidez. Durante muito tempo esteve parado, principalmente, aquando dos períodos de recuperação após as intervenções cirúrgicas e, assim sendo, decidiu completar o 12º ano de escolaridade para se manter ocupado. Inscreveu-se no Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânicas (CENFIM) em Amarante para a área de animador sociocultural. “Gosto de desafios e soube bem concluir o que pretendia”, afirma.
Quando interrogado sobre o papel da música na sua vida, não hesita em declarar que esta é a sua verdadeira paixão. O progenitor de Luís tocava concertina nas mais variadas festas populares e, desta forma, este sempre o acompanhou para todo o lado.
A música é um vínculo de família, sendo que o lousadense já está inserido há mais de 30 anos em atividades de cariz musical. Inicialmente, começou pela música litúrgica, tendo cantado no grupo coral de Pias e também ensaiado o grupo coral de Nevogilde. Na altura, o Padre Sousa Alves reconheceu o talento e capacidade deste, tendo-o incentivado a ir aprender a arte.
Como resultado de tal persistência e teimosia de alguém por quem nutre grande estima, resolveu frequentar vários cursos no Seminário de Vilar no Porto e, ainda, vários cursos litúrgicos em Fátima. A partir de então, começou a cantar em dueto derivado a uma brincadeira iniciada na Associação Os Pienses.
“Estava na Associação Os Pienses e aparece um colega meu que também gostava de música e começamos por mera brincadeira a trocar algumas impressões musicais”, explica. O lousadense sempre nutriu gosto pela música popular e decidiu arriscar. Percorreu várias estradas e festas em dueto, mas, entretanto, separou-se devido à falta de disponibilidade do outro membro.
A separação jamais foi motivo para abandonar a música e, desde então, iniciou carreira a solo. “Comecei a crescer música após música”, sublinha bastante satisfeito pelo conseguido. Neste intervalo de tempo, começou a banda Neon no concelho de Lousada, integrada por 9 elementos.
Após 5 anos sai dessa e volta a cantar a solo pois, hoje, considera que tem outro sabor. Segundo o próprio, estar numa banda requer um exercício grande para alinhar a disponibilidade de todos e, por sua vez, estar a solo permite que haja espetáculos sempre que o músico deseje pois não depende de terceiros.
No ano passado, em Lousada, marcou presença na Concentração dos Motards e na Festa da Francesinha, porém, a sua presença foi mais procurada para eventos como casamentos e batizados. Para mais, percorreu várias freguesias do concelho.
“Durante o período que estivemos em casa devido à quarentena, aproveitei para fazer um reset no meu repertório”, salienta. O estilo de música manteve-se, mas aproveitou para parar e pensar.

O lousadense lançou um CD em 2009 em França e, mais tarde, apresentou-o numa festa em Lodares. “Todas as músicas são da minha autoria e, sem dúvida, foi um sonho concretizado”, refere. Um dos seus temas designa-se por Musical e Letra, sendo uma homenagem à Nossa Senhora de Fátima. De ressalvar que em 2007 também lançou um CD, porém, não foi oficial pois continha canções de outros autores.
Luís é casado com a mulher da sua vida, bem como é pai de um menino e avô de uma menina. “Tenho um projeto que sairá em breve, mas ainda não posso falar sobre ele. Contudo, posso dizer que 2023 será um ano muito bom e recheado de espetáculos”, finaliza.

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