Marta Sousa, a coordenadora, falou abertamente sobre o projeto que incide nas idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos. Este surge para possibilitar que as crianças pratiquem desporto sem a necessidade de se deslocarem ao clube, na medida em que é direcionado para algumas escolas de Lousada. O objetivo é fomentar o exercício físico, as competências socioemocionais e, ainda, a criatividade. Conheça este projeto diferenciador.
“O Relvinhas surge como uma necessidade de, por um lado, juntarmos o clube à comunidade e, por outro lado, possibilitarmos a prática desportiva a todas as crianças sem terem que deslocar-se até nós”, principia Marta Sousa.
Marta é uma estudante de doutoramento e, ainda, professora de educação física. No ano passado, aquando da sua vinda para o Futebol Clube Romariz, sugeriu que se fizesse algo do género e prontamente o clube aceitou. Em junho de 2022 começou o contacto com o Município de Lousada e, posteriormente, o contacto com as escolas. Em janeiro de 2023 este arrancou efetivamente, mas existem pontos que ainda estão a ser delineados.

Direcionado para as crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade de algumas escolas do concelho, uma vez que o clube e a autarquia escolheram as mais pertinentes como: Boim, Boavista-Silvares, Pias e Macieira. As crianças não pertencem ao clube, contudo têm uma inscrição no mesmo, pois o propósito é que no final se venham a tornar atletas e o número aumente.
Existem vários objetivos inerentes ao projeto como aproximar o clube à comunidade numa vertente de inclusão, independente dos níveis de aptidão física. Desta forma, o Relvinhas é mais do que a prática do futebol pois a finalidade é fomentar vertentes além da atividade física, desde a resolução de problemas até às competências socioemocionais.
Janeiro começou com treinos experimentais, variando de escola em escola, para depois serem definidos os dias e horas certas para cada instituição de ensino. Contudo, a lógica é que estes sejam de 60 minutos e realizados 1 vez por semana. As crianças têm um aquecimento direcionado para o futebol típico e, de seguida, a equipa técnica cria problemas para os atletas em equipa resolverem.
“Ainda estamos no início, mas o grande objetivo será criar ferramentas como roletas ou dados para que eles próprios lancem e o que sair vão ter que se desenrascar. A metodologia vai passar por eles, nós apenas orientamos”, reforça. Dependendo do grau/conteúdo do problema, a mesma equipa pode manter-se apenas naquele treino ou durante o mês.
O projeto é constituído por: Marta Sousa, Joana Andrade e Ana Rita Silva. A primeira, respetivamente, faz a gestão externa de preparação e as restantes estão encarregues pelo trabalho com as escolas. Os treinos são todos na escola em horário pós-letivo, porém, o objetivo destas é quinzenalmente ou mensalmente trazer as crianças ao clube.


Posto isto, acima de tudo, o grande propósito do projeto é tornar estas crianças uns atletas mais completos por terem adquirido todas as competências de base que não têm tanto haver com a prática do futebol.
Quem quiser inscrever-se pode dirigir-se até ao clube ou dirigir-se à escola, pois as coordenadoras e professoras titulares estão a receber todas as indicações. Ademais, podem entrar em contacto através das páginas do projeto, nomeadamente, no Facebook e no Instagram.
Até então, o mais desafiante tem sido fazer a ponte com as escolas pois estas encontram-se em constantes greves e o agendamento de marcações e entregas de materiais tem sido difícil. Para mais, as informações iniciais por parte do Município de Lousada também demoraram um pouco, porém, a coordenadora considera normal por ter sido no final do ano letivo 2021/2022.
O Relvinhas é direcionado aos dois géneros e um dos objetivos futuros é transitar de equipas mistas para equipas separadas nas escolas. Portanto, é necessário adquirir o número suficiente de atletas para que se consiga este e, ainda, realizar uma micro competição entre todos. Mais tarde, o projeto pretende chegar a outras escolas, mas não às localizadas no centro porque o mesmo pressupõe chegar apenas a áreas geográficas com menos oportunidades.

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