Cátia Pinheiro, de 28 anos, concedeu uma entrevista enquanto Presidente do Grupo de São Miguel (de onde é natural) e Secretária Nacional da Associação Juventude Mariana Vicentina. Esta teve origem nas aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré em 1830 e trata-se de um movimento juvenil a nível internacional e nacional. O objetivo é acompanhar os jovens cristãos no crescimento da sua fé, até à maturidade cristã.
Cátia Pinheiro é Presidente do Grupo de São Miguel e Secretária Nacional da Associação Juventude Mariana Vicentina, cumprindo o seu mandato de 3 anos. O processo eleitoral nacional está já a ser desenvolvido mas as eleições apenas serão a 18 de março para o próximo triénio. Quanto ao grupo, no final do ano pastoral as mesmas vão também ser feitas.
A Associação Juventude Mariana Vicentina surgiu por um pedido da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, em 1830, para que se fundasse uma Associação de Filhos e Filhas de Maria. Esta tem um carisma com características eclesial, laical, mariana, vicentina e missionária existindo a nível internacional e nacional. Neste último, há vários grupos de Norte a Sul do país que estão divididos pelas regiões (Norte, Centro e Sul), sendo que o Grupo de São Miguel está inserido na região Norte.

A presidente cresceu na Paróquia de São Miguel, um dos grupos mais antigos a nível nacional, e sempre fascinou-se com as demais atividades. Segundo a própria, quando houve oportunidade ingressou na associação e ainda permanece, pois identifica-se com o carisma desta e as tarefas que desenvolvem.
O principal objetivo da associação é acompanhar os jovens e dar-lhes fundamentação e suporte para o crescimento da fé com base no seu carisma: Mariana e Vicentina. Os grupos da associação desenvolvem a sua ação com base no seu carisma no seio das suas paróquias nas quais se encontram inseridos. Desta forma, o Grupo de São Miguel tem como sede, onde habitualmente se encontram reunidos, o salão paroquial da freguesia.
A associação dispõe dos seus estatutos, pelos quais todos os jovens inscritos se regem. Os jovens inscritos têm entre os 15 e os 30 anos de idade, apesar de poderem fazer parte jovens adultos com mais de 30 anos de idade comprometidos na formação, na animação e nas atividades dos jovens. No Grupo de São Miguel existem 2 assessores que acompanham o grupo e dão o apoio necessário.
“Inicialmente, fazem o ano zero para conhecer a associação e depois é realizada a celebração de admissão”, afirma. Nesta, recebem um lenço e a medalha milagrosa que é a insígnia da associação.
A JMV rege-se pelo carisma que dispõe de 5 características: Eclesial; Laical; Mariana; Vicentina; e Missionária. Todas estas dimensões fundamentam o carisma da associação. O Eclesial diz respeito, por exemplo, à participação na eucaristia dominical e pertença a outros serviços que servem a comunidade. O Laical aos encontros formativos com base em temas atuais e documentos da igreja. O Mariano às celebrações Marianas e oração do terço todos os dias 13. O Vicentino é mais ligado às atividades desenvolvidas em favor dos mais necessitados como é o caso das visitas a idosos. A Missionária existe, por exemplo, com a participação em campos de missão e Missão Ad´Gentes. Missão Renascer P´ra Esperança em Moçambique, onde se encontram atualmente duas jovens do grupo.

“No início de cada ano pastoral, todos os grupos recebem o plano de atividades nacional e regional, sendo que o Grupo de São Miguel elabora também o seu plano de atividades onde insere todas as atividades que serão desenvolvidas ao longo do ano”, refere. O Grupo de São Miguel reúne praticamente todas as semanas, com uma vertente diferente, como: encontros de formação, de oração, de convívio de grupo e outros. Esta organização depende de cada grupo, havendo no entanto convívio e partilha de experiências entre os grupos, nas atividades regionais e nacionais.
“Atualmente estão inscritos, a nível nacional da associação, 350 jovens e 16 destes pertencem ao Grupo de São Miguel”, revela. O grande desafio da JMV prende-se com este tema, ou seja, a renovação dos grupos, uma vez que os jovens se encontram cada vez mais afastados da igreja, também pelo facto de não completarem o percurso catequético que acaba por afastar os jovens cada vez mais cedo da sua caminhada cristã.

Quanto às perspetivas de futuro, Cátia confidencia que o grupo deseja manter a ação pois têm noção que o trabalho é fundamental para a paróquia e faz a respetiva diferença. Para mais, que a Jornada Mundial da Juventude possa cativar mais jovens para este reencontro com a Igreja.
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