Somos escravos da imagem e da aceitação e aprovação dos outros.
Somos escravos das políticas que pensamos que escolhemos, mas que são escolha de um pequeno grupo de interesseiros que nos dominam.
Somos conformados perante dirigentes corruptos porque a nossa cultura religiosa nos ensinou que só pode atirar pedras a telhados de vidro quem nunca pecou.
Somos submissos e condescendentes perante o assédio de padres e professores, porque nos ensinaram a respeitar as hierarquias e a nunca colocar em causa a sua palavra.
Somos cuidadosos e politicamente corretos em tudo o que dizemos ou escrevemos, porque receamos represálias.
Achamo-nos muito bem informados, mas cada vez lemos menos, não refletimos, não pensamos e acabamos por ser aquilo que alguns querem que sejamos.
Tivemos a coragem de fazer uma revolução com flores.
Tenhamos agora a coragem de fazer mais uma vez uma revolução pacífica, com palavras e ações, dentro dos nossos círculos familiares e de amizades.
Tenhamos a audácia de nos orgulharmos do que somos, valorizarmos o nosso interior, a nossa autenticidade e respeitar a nossa diferença, sem nos preocuparmos se os outros gostam ou não.
Sejamos capazes de ensinar valores de humanismo e dever cívico aos nossos filhos, para que se tornem conscientes da responsabilidade que têm de fazer as mudanças que pretendem ver no mundo.
Sejamos corajosos e seremos realmente livres!
Cláudia Lousada

Achamos que somos livres, mas não somos

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