Primeiro como estagiária de educação de infância e depois em colaboração com o marido na própria empresa de construção civil, Luciana Sequeira, de 23 anos, criou fortes ligações à Noruega, de cujo país se diz encantada. O único senão é o frio e a duração do Inverno.
“Foram alguns anos cheios de histórias, mas um dos anos mais marcantes foi quando estive a trabalhar como educadora de infância, na cidade de Kongsberg e começou a guerra na Síria. Como também falava um pouco de árabe fiz parte da adaptação e integração de crianças refugiadas que acabavam de chegar da guerra. O Estado Norueguês faz um trabalho social incrível.” refere Luciana Sequeira.
Entretanto a empresa familiar de construção expandiu-se para aquele país. “Temos levado muitos portugueses para trabalhar na Noruega e presentemente estamos a viver em Lousada, mas estamos em modo de teletrabalho e o meu marido viaja para lá várias vezes pois continuamos muito ligados à Noruega”, narra esta jovem sobre a sua primeira experiência internacional.
“Sempre tive muito interesse pela cultura, ensino e políticas na Noruega. Estava na faculdade e queria fazer um ano de intercâmbio com outro país ou um ano de pausa para viajar. Foi aí que juntamente com o meu namorado, escolhemos a Noruega. Eu queria trabalhar e criar um protocolo de Erasmus entre a minha Universidade (Aveiro) e uma Universidade Norueguesa. No entanto, a língua foi o primeiro entrave, e tive que aprender Norueguês. Os planos mudaram depois de estar lá, mas correu tudo muito melhor do que podia ter imaginado naquela altura”, revela Luciana.
Olhando para os aspetos positivos daquele país, a lousadense afirma que o que mais gostou ”foi da cultura, das pessoas que conheci e de ter trabalhado na área do ensino. As pessoas têm uma mente muito aberta, valorizam muito o tempo em contacto com a natureza e com a família e tem muita ética no trabalho. Vivi sempre em ambientes multiculturais, tive a oportunidade de conhecer pessoas de todo o mundo e guardo amigos de diferentes culturas. Além disso, é um país lindíssimo pelos fiordes e a aurora boreal, por exemplo. Vale a pena conhecer e explorar a Noruega”, exclama com satisfação.
Do que menos gostou “foi da falta de sol, onde o Inverno além de muito longo, tem poucas horas de dia, e maioritariamente é noite”.
Quem está longe da sua terra e das suas gentes “sente falta e saudades e nunca faltei às festas de Lousada”, declara Luciana.
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