O «Amor» é um ato de afeto entre pessoas que, como refere o ditado, não escolhe caras, nem géneros. Porém, o amor entre pessoas do mesmo género foi, e ainda é, negativamente discriminado. E como todas as discriminações negativas existem consequências prejudiciais para quem é discriminado: atos de humilhação pública, olhares, questões indelicadas, entre outras atrocidades, que podem promover a negação da nossa identidade.
Mas o que poderia ser a “solução” para aqueles que se sentem “incomodados” com a diferente orientação sexual de outros é, na verdade, algo bastante perigoso que pode inclusive causar problemas como depressão, ansiedade e até suicídio.
Tudo isto porque ainda consideramos a homossexualidade como algo “antinatural”.
Será que assumir a minha identidade e a minha capacidade de amar pode ser considerada uma atitude leviana? Esta crença de que a homossexualidade é “antinatural” desvaloriza o sofrimento de quem passa pelo processo de “saída do armário” onde surgem, frequentemente, sentimentos de confusão e receio do julgamento perante a sociedade.
“Ser o que somos não é uma questão de ideologia. É a nossa identidade. E ninguém pode privar-nos dela” foram as palavras usadas pela Presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen (2020). É um direito nosso ver a nossa identidade amplamente respeitada, sendo que esse respeito não pode nem deve estar condicionado pela minha capacidade de amar seja quem for.
Amor (sem violência e com consideração) é amor e não nos compete julgar a forma e a quem (a homens ou a mulheres) se expressa esse amor.
Psicologices – Andreia Moreira

Amor é amor, seja de que forma for

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