A 12 de Abril de 1975 foi criada a Associação de Cultura Musical de Lousada, com a finalidade de tutelar o funcionamento da Banda de Música de Lousada. Durante os primeiros anos, a associação apenas albergava a banda de música de Lousada. Porém, mais tarde foi criada uma escola ou academia de música que, nos anos 90, veio dar origem ao CVS – Conservatório do Vale do Sousa. Entretanto, a associação foi crescendo e trilhando o seu caminho, tendo atualmente 5 vertentes. Conheça mais sobre a maior instituição cultural da CIM do Tâmega e Sousa.
“A criação da Associação de Cultura Musical de Lousada está diretamente relacionada com a Banda de Música de Lousada, uma vez que foi criada com o propósito de a tutelar”, principia Pedro Araújo, atual presidente da Direção da ACML. Na época, a Banda de Música de Lousada encontrava-se num período mais conturbado e, assim sendo, foi criada uma estrutura para dar continuidade às suas atividades.
A ACML é uma associação com quase 50 anos de história, sendo esta história bastante relevante para o desenvolvimento do concelho de Lousada. Por exemplo, foi a partir de atividades de desportos motorizados dinamizadas pela ACML que veio a constituir-se, mais tarde, o CAL – Clube Automóvel de Lousada. Outro exemplo da importância da ACML para o desenvolvimento do concelho de Lousada é o CVS – Conservatório do Vale do Sousa – que já celebrou os seus 25 anos, e que tem formado imensos músicos e imenso público para música nos últimos anos, contando atualmente com mais de 400 alunos.
A Associação de Cultura Musical de Lousada é uma instituição promotora de cultura e, neste sentido, procurou sempre desenvolver-se e oferecer cada vez mais cultura a Lousada e aos concelhos vizinhos. Atualmente, engloba 5 vertentes e é um orgulho de todos os lousadenses. Conforme referido, a primeira vertente foi a Banda de Música de Lousada e, a segunda vertente a ser criada foi o Conservatório do Vale do Sousa.
Entretanto, o professor Sílvio Cortez arrancou com o Coro Feminino – CVS, tendo-se seguido a criação de uma escola de ballet – Academia Contradanças. Mais recentemente, desenvolveu-se um projeto de jazz – o projeto JENO (Jazz Ensemble do Norte), dando corpo a alguma tradição de jazz já existente na ACML, bem como ao elevado número de alunos e ex-alunos CVS que são, hoje em dia, instrumentistas jazz de reconhecido mérito.
“Uma das principais preocupações da atual Direção, como é óbvio, é manter e desenvolver todas as vertentes, para que se possa oferecer à população lousadense e à região cada vez mais cultura, mas também cada vez mais qualidade ao nível do ensino da música e da dança”, sublinha. Além desta, existem outras orientações estratégicas que têm orientado diversas ações levadas a cabo por esta Direção como: desenvolver uma maior aproximação à comunidade e promover a internacionalização das diferentes vertentes.
Na primeira linha de orientação, a ACML está a procurar fazer mais eventos, acontecimentos, concertos e espetáculos, envolvendo cada vez mais a população lousadense. Quanto à orientação para a internacionalização, o Coro Feminino é a vertente que possui mais histórico internacional, por causa da sua participação em concursos internacionais. “Posso adiantar que o Coro Feminino neste verão irá participar num concurso de coros em Itália”, refere o Presidente da Direção da ACML como novidade.
Contudo, a ACML não pretende que a questão da internacionalização se manifeste apenas na participação do Coro Feminino em eventos internacionais e, neste sentido, está a trabalhar na internacionalização das restantes vertentes. Aliás, há outra novidade que foi adiantada: “o CVS tem aprovado um projeto de Erasmus para mobilidade de alunos, bem como de docentes e não docentes, que se irá efetivar entre 2024 e 2026”.
Para além disso, no próximo mês de julho, acontecerá a segunda edição do Ciclo (Concurso Internacional de Canto Lírico de Lousada), que é outro marco na internacionalização da instituição. A ACML promoveu no ano transato a primeira edição e como correu muitíssimo bem, no presente ano irá dinamizar a segunda edição
Em termos de articulação de todas as atividades, a ACML funciona com um plano anual de atividades. “Cada uma das vertentes possui o seu próprio plano de atividades, sendo que o plano anual de atividades da ACML é o conjunto dos planos de todas as vertentes”. São centenas de atividades desenvolvidas, embora a população em geral só conheça as atividades de maior envergadura, como, por exemplo, os concertos de Natal do CVS na Casa da Música ou a Gala Anual ACML, que este ano aconteceu no Europarque de Santa Maria da Feira.
Para além destas atividades mencionadas, a associação nas suas diferentes vertentes, faz centenas de atividades culturais no concelho de Lousada e também nos concelhos limítrofes. Questionado sobre quantas pessoas a ACML engloba, de imediato, refere que todas as semanas passam cerca de 3.000 pessoas pela associação. Neste sentido, acredita que não há nenhuma associação cultural maior que a ACML na CIM do Tâmega e Sousa.
“A maior dificuldade é sempre encontrar público para todos os eventos culturais que vamos dinamizando, isto é, nem sempre temos nos nossos espetáculos o número de pessoas que gostaríamos. Claro que há espetáculos ou concertos em que temos lotações esgotadas, porém, existem outros em que os lugares não estão todos preenchidos, como gostaríamos”, salienta. A ACML sabe que é um trabalho difícil, mas irá persistir e insistir para que esta questão mude.
Em jeito de finalização, Pedro Araújo refere: “a Direção da ACML, nos próximos meses, para além de ocupada com o normal funcionamento de cada uma das vertentes da instituição, estará também focada em estruturar uma programação de eventos culturais, que possam assinalar, com a devida dignidade, os 50 anos da ACML. Essa programação deverá ter o seu início em abril de 2024 e estender-se-á até abril de 2025”.






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