No coração da Vila, esta praça está circundada pela praça da República, rua Visconde de Alentém e avenida Sá e Melo. Ali fez história uma antiga loja de miudezas entretanto desaparecida, a Casa Primavera, e também foi morada, durante algumas décadas, da estação de Correios de Lousada. Um reparo: as placas toponímicas ali existentes deveriam ser corrigidas pois além de não ter a referência “Bispo”, o nome tem prefixo “Dr.” quando devia em rigor ser somente “D.” por referência ao título eclesiástico do protagonista.
António Augusto de Castro Meireles nasceu a 15 de Agosto de 1885 na freguesia de São Vicente de Boim, concelho de Lousada, filho de Raimundo Duarte Meireles e Delfina Moreira de Castro.
Fez os estudos preparatórios no Seminário dos Carvalhos e os estudos secundários no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, ingressando depois no Seminário do Porto, onde concluiu o curso de Teologia no ano de 1903, sempre com alta classificação. Foi ordenado padre a 22 de Abril de 1908.
Ingressou depois na Universidade de Coimbra, onde se formou em Teologia e Direito no ano de 1912. Aluno distinto, obteve o Prémio Cardeal D. Américo, galardão atribuído ao melhor aluno da Diocese do Porto.
Terminados os seus estudos, para além das funções eclesiásticas, dedicou-se à advocacia, abrindo banca de advogado na cidade do Porto, ganhando fama pelas suas qualidades forenses.
Nas eleições gerais de 1915, o então padre António Augusto de Castro Meireles conseguiu ser eleito pelo círculo de Oliveira de Azeméis, sendo então o primeiro e único deputado dos grupos políticos católicos a ter assento no Congresso da República. Entretanto foi nomeado professor de Teologia no Seminário do Porto e agraciado com o grau de oficial da Ordem de Cristo.
Foi ordenado Bispo de Angra do Heroísmo e depois Bispo do Porto onde a 21 de Julho de 1929 sucedeu a D. António Barbosa Leão, governando aquela diocese até ao seu falecimento a 29 de Março de 1942.
É deste insigne lousadense a única estátua existente na vila de Lousada, erigida em 31 de Julho de 1955, no sopé do Monte do Sr. dos Aflitos.
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