por | 17 Fev, 2024 | Opinião, Pedro Amaral

O verdadeiro voto útil e a matemática do “Chega” para lá

Dúvidas ainda houvesse sobre a importância do projecto da Aliança Democrática (AD) e da alternativa de Governo séria que representa para Portugal, as mesmas dissiparam-se totalmente após as eleições Regionais dos Açores no passado Domingo.

Independentemente dos paralelos que uns e outros queiram fazer entre os Açores e o país, certo é que as “sondagens da desgraça” e o Partido Socialista, foram os grandes perdedores da noite eleitoral.

Nestas eleições regionais a AD dos Açores conseguiu passar a primeira força política da região, crescer em percentagem, crescer em votos e crescer em mandatos face a 2020. Conseguiu, no fundo, captar o voto útil numa solução de Direita séria, credível, responsável e digna para governar.

Os Açores colocaram a nu uma realidade matemática incontornável, designadamente, que menos um voto na AD representa um voto no PS e por isso um voto no Chega é, em essência, igual a um voto no PS!

E por isso caro leitor, na minha humilde opinião, muito mais importante que a vitória da AD nos Açores, foi a reafirmação da posição da Direita histórica e democrática na região e no país, de que não governará em coligação com extremistas porque não precisa nem da muleta, nem das chantagens do Chega para governar.

A legitimidade eleitoral e a seriedade da causa pública determinam que quem ganha eleições deve apresentar-se a governar, com ou sem maioria. Quem as perdeu alia-se a quem quiser e vota para viabilizar ou fazer cair o Governo. Simples!

De facto, a única “coligação” que existe neste momento em Portugal é entre o PS e o Chega. Será que se aliam e fazem cair os Governos da Aliança Democrática? Veremos…

Pedro Amaral*

Advogado

Escreve ao abrigo do anterior acordo ortográfico

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