PROPOSTA DO PSD/CDS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
O SAP – Serviço de Atendimento Permanente, também conhecido por «Serviço de Urgência», que já existiu há anos no Hospital de Lousada, é uma pretensão do PSD local, que levou uma moção à Assembleia Municipal de quinta-feira passada. A proposta foi aprovada e seguem-se diligências nesse sentido e noutras, para melhorar os serviços de saúde.

Alegando que “há muito que o hospital do Tâmega e Sousa não consegue atender adequadamente todos os utentes que ali acorrem principalmente ao serviço de urgência” Leonel Vieira (PSD) reclama o regresso ao hospital da Santa Casa da Misericórdia de Lousada (SCML) o SAP que tinha contratualizado com o Ministério da Saúde e que permitia atender os utentes durante a noite das 20h à 8h da manhã, sete dias por semana. Aquele dirigente partidário invocou que o Ministério da Saúde “prepara-se para tomar medidas para diminuir a pressão nas urgências dos hospitais”, facto que no entender da coligação Acreditar Lousada PSD/CDS-PP “para bem dos utentes e para o melhor e mais eficaz funcionamento do Hospital Tâmega e Sousa, o Ministério da Saúde deverá outorgar um novo protocolo com a SCML para que o SAP regresse ao Hospital de Lousada”.

Recordando que abordou este tema na sessão desta Assembleia em fevereiro do ano passado, Leonel Vieira referiu que “em 2011, o Ministério da Saúde cancelou o protocolo que tinha com a SCML e que permitia que qualquer utente, pagando apenas a taxa moderadora ou até nada pagando, se estivesse isento, poderia ser atendido no serviço de urgência do Hospital de Lousada durante a semana à noite das 20h às 8h da manhã e também aos fins de semana e feriados”. O social-democrata verberou ainda que “com o fim do protocolo, os utentes, principalmente aqueles que não dispõem de condições financeiras suficientes são obrigados a deslocarem-se para o hospital do Tâmega e Sousa em Penafiel, onde nada pagam entupindo ainda mais as urgências. Os que podem pagar 35€ são atendidos no Hospital da Misericórdia de Lousada porque, e bem, a Santa Casa da Misericórdia de Lousada continuou a manter o serviço de Urgência, mesmo sem o protocolo com o Ministério da Saúde”. Tal como em fevereiro de 2023, relembrou a falta de equidade, pois idêntico protocolo está a funcionar em Paços de Ferreira, no Marco de Canavezes e também no Hospital de Riba D’Ave. “E isto é injusto para com a população de Lousada”, reiterou Leonel Vieira.
No seguimento daquela intervenção, o presidente da Câmara, Pedro Machado declarou: “Naturalmente que me parece bem a proposta de moção que foi apresentada”. Mas asseverou que “pelos contactos, pelas conversas que vou tendo com quem tem responsabilidades nesta matéria acredito que não vai ser muito fácil esta pretensão”.
A propósito da temática da saúde que protagonizou esta sessão da AM, o autarca divulgou que “está previsto um Serviço de Atendimento Complementar (SAC), que vai funcionar no Centro de Saúde de Lousada com atendimento diário até às 20h, incluindo fins de semana e feriados. Depois teremos também nos dias úteis em que cada um dos centros de saúde que estejam constituídos com unidade de saúde familiar, o horário também prolongado até às 20”.
A moção da bancada da Direita foi aprovada por unanimidade e o titular da proposta, Leonel Vieira, instou a mesa da Assembleia Municipal a comunicar ao Ministério e a Direção Regional de Saúde de tal decisão.
Presidente sem solução para a Festa Grande
Admitindo que existe um problema com a realização da Festa Grande, no que diz respeito, por exemplo, à (falta de) regulamentação, o presidente da Câmara disse na Assembleia Municipal que não sabe como resolver isso. Alegou que não é da competência da Câmara imiscuir-se nessa matéria. Contudo, sabe-se que é o Município quem escolhe a lista organizadora e que é o maior patrocinador daquela festividade concelhia.
O assunto surgiu na sessão pela voz de José Carlos Carvalheiras, que havia escrito dias antes uma Carta Aberta a Pedro Machado e que foi publicada nas redes sociais do jornal O Louzadense.
Recorde-se que nessa carta, intitulada “Festa Grande sem Rei nem Roque”, o autor sugeria que o Município convocasse entidades locais para debater o assunto e encontrar uma solução.
Comentários