Segundo o National Cancer Institute o termo “Cancro” refere-se a um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento desregulado de células, as quais tem capacidade de se dividir de forma descontrolada, assim como, infiltraram-se e destruírem tecidos do corpo normais.
O termo “Cancro” desperta medos e incertezas, representando uma experiência dramática. Deste modo, é importante a comunicação aberta entre o doente/família/cuidadores e a equipa de profissionais de saúde.
Os Nutricionistas são um dos profissionais de saúde que intervêm na prevenção, recuperação e manutenção desta doença. A intervenção do Nutricionista no doente oncológico deve ocorrer numa fase precoce. Importa ressalvar que, a Nutrição e a Alimentação no tratamento do cancro têm um papel fundamental e podem ajudar a minimizar os sintomas. Os tratamentos podem dar origem a diversos sintomas, que diferem de pessoa para pessoa, da condição clínica e do tipo de tratamento, nomeadamente, os vómitos, as alterações intestinais, o mal-estar, a sensação de fadiga e debilitação do sistema imunitário. Assim, uma Alimentação e um suporte nutricional adequado podem fazer a diferença, quer na minimização dos sintomas, quer no fortalecimento do sistema imunitário. Outra vertente relevante é manter um peso adequado contribuindo deste modo, para o sucesso dos tratamentos, sendo importante, monitorizar a alimentação por forma a evitar alterações de peso significativas e deficiências a nível nutricional.
Para que exista uma alimentação saudável e adequada ao paciente oncológico, na elaboração dos planos alimentares é considerado a sintomatologia associada, a fase do tratamento, as preferências alimentares, entre outros. É importante conseguir variar e individualizar a alimentação ao longo do período de tratamento, consoante as necessidades nutricionais, tolerância alimentar e preferências alimentares. Porém, não há nenhum alimento que tenha obrigatoriamente de estar presente nos planos alimentares do paciente oncológico.
Com o apoio Nutricional e Alimentar será possível atingir um bom estado nutricional com efeitos positivos na eficácia da resposta ao tratamento, no controlo dos sintomas, na função imunitária e na diminuição de complicações. É fundamental que o estado nutricional seja monitorizado e otimizado precocemente traduzindo-se num aumento da qualidade de vida.
Em suma, a Nutrição/Alimentação não detém o poder de curar o cancro, mas pode e faz a diferença no sucesso dos tratamentos e bem-estar/qualidade de vida nos doentes oncológicos.
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