“O Louzadense” quis conhecer a posição do autarca Pedro Machado, que começou por referir que “não seria nada elegante avaliar a intenção da autarquia de Paços de Ferreira de integrar a Área Metropolitana do Porto ou pronunciar-me sobre os respetivos motivos”.
O autarca reconhece que “a Área Metropolitana integra atualmente alguns municípios que não são metropolitanos e que têm muito menos identidade com o Porto do que Lousada” e que “os municípios da CIM do Tâmega e Sousa com uma realidade mais urbana, nomeadamente Amarante, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira, se sentiram prejudicados no atual quadro comunitário, mais propriamente na distribuição dos fundos alocados à reabilitação urbana, por ficarem de fora dos PEDU (Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano)”. Apesar disso, sustenta que “a realidade e os problemas de Lousada não são a realidade e os problemas da Área Metropolitana”. Por isso, Pedro Machado não reconhece vantagens na adesão à Área Metropolitana do Porto. “Aliás, mesmo no que respeita aos fundos comunitários alocados para a reabilitação urbana, é justo referir que a CCDR-n discriminou positivamente estes cinco municípios no âmbito da reprogramação do Norte 2020, justamente porque havia a perceção dessa injustiça, no seguimento de todas as diligências que a CIM promoveu junto da CCDR-n. Com efeito, os PEDU não tiveram qualquer reforço e os PARU (Planos de Ação de Reabilitação Urbana) destes cinco municípios foram os que tiveram maior reforço”, lembra.
“A realidade e os problemas de Lousada não são a realidade e os problemas da Área Metropolitana” Pedro Machado
“Devemos estar todos unidos e empenhados para que a mesma esteja cada vez mais forte e com maior capacidade reivindicativa” – Pedro Machado, sobre a CIM do Tâmega e Sousa
Lousada continuará firme na CIM do Tâmega e Sousa. O autarca lembra que é a maior CIM do país e incita a união para o seu fortalecimento. “Devemos estar todos unidos e empenhados para que a mesma esteja cada vez mais forte e com maior capacidade reivindicativa. Creio que a CIM do Tâmega e Sousa pode vir a ser muito bem-sucedida no próximo quadro comunitário, não só pela sua dimensão, mas também pelo facto de ter uma realidade dual, com municípios de baixa densidade, por um lado, e outros que integram as chamadas “zonas cinzentas”, como é a nossa sub-região, que não são metropolitanas, nem de baixa densidade. E há uma tendência crescente por parte do Estado para olhar com a devida atenção para essa realidade, para os seus problemas e para as suas potencialidades”, sustenta.
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