O trabalho do nutricionista na autarquia modela-se como promotor de saúde e bem-estar da população. O Nutricionista, profissional de saúde, que labuta na construção de um modelo de educação para a saúde, em alimentação. Presença imperativa, num município preocupado com a saúde e progresso do concelho, respondendo às necessidades dos munícipes, zelando pela saúde e bem-estar.
As doenças do foro alimentar como, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e algumas disfunções hepáticas têm uma componente ambiental. Porém, os fatores socioeconómicos e ambientais são influenciados por políticas, incorre assim, uma ligação das escolhas alimentares com o poder político e legislativo. Felizmente, nos últimos anos, cientistas e posteriormente alguns decisores políticos, reconhecem que, a saúde e os estilos de vida, em especial a alimentação e o exercício físico, estão interligados.
Os investimentos económicos e sociais podem ser promotores da saúde da população, o inverso também se aplica. Isto é, os investimentos económicos e sociais colocarem em risco a saúde e bem-estar desta. É necessário conhecimento e sensatez para uma gestão eficaz, dado que, todas as decisões políticas, independentemente da sua procedência, têm o potencial de influenciar a saúde. Assim se, as deliberações do decisor político não convergirem nesse sentido, estará a falhar na saúde daqueles que o elegeram. As responsabilidades devem ser claramente definidas e a contabilização destas deve ser visível para o público, intercedida na publicação de um relatório regular dos Investimentos na Saúde ao nível local; na contabilização dos ganhos em saúde em diversos pelouros/serviços regionais e locais; na organização de uma infra-estrutura capaz de implementar e coordenar um programa de Investimentos na Saúde.
A descentralização de competências tem atribuído às autarquias, cada vez mais responsabilidades. O nutricionista acompanha essas instâncias, tendo um papel cada vez mais preponderante, assegurando a promoção da saúde, a prevenção da doença e o bem-estar da população do município.
Em 2007, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, apontou para que, se pudesse avançar com um novo conjunto de transferências de competências, nas áreas da Educação, Saúde, e da Ação Social. Neste novo conjunto de competências das autarquias, as questões da alimentação e nutrição ganham relevo e um lugar cativo.
O “Desafio de Verona” defende os nutricionistas na área da saúde pública, ao propor que toda a comunidade, nomeadamente, e muito em especial, as Autoridades Regionais e Locais, concedam capacidade de manobra àqueles que no seio da sua organização queiram investir na saúde e façam um voto explícito nessa matéria, como é o caso do Nutricionista.
O Nutricionista, promotor de saúde pública no concelho, atuará como um gestor de vários projetos, comunicando e dando projeção a atividades efetuadas e eventos desenvolvidos no âmbito da nutrição e alimentação, reforçando a saúde das populações e fortalecendo a imagem da autarquia, que ficará mais forte, será vista como, proactiva e reconhecida pelo seu envolvimento nas questões da atual saúde pública.
Comentários