São pai e filha e ambos partilham a paixão pelo atletismo. Partilham treinos, corridas, vitórias, momentos felizes, cansaços e derrotas. Paulo Ribeiro e Patrícia Leonor começaram a praticar atletismo em 2017 e, embora Patrícia já não se dedique a esta modalidade, continua a apoiar o pai em todos os momentos.
Na vida de Paulo Ribeiro, de 49 anos, o atletismo entrou depois de participar na sua primeira Corrida de Carnaval, em Lousada. “Comecei a ganhar gosto e comecei a treinar mais até treinar todos os dias. As vitórias começaram a aparecer cada vez mais e tentei sempre manter o patamar em cima”, revela o atleta.
Já Patrícia Leonor, de 21 anos, uma lesão no futebol levou-a a outros palcos. “Quando me senti melhor, comecei a fazer umas corridas para recuperar, na pista de Lousada. O treinador Manuel Varejão, do clube do Tâmega, estava lá abordou-me, viu que tinha uma boa aptidão física e uma boa fisionomia para o atletismo e convidou-me para a equipa”, conta a jovem.
Assim, pai e filha começaram a treinar juntos, em 2017. “Uma grande prova que nos marcou aos dois foi a prova de Felgueiras, em que obtemos o 1. ° lugar e fomos campeões regionais, ela em 2019 e eu em 2021”, explica o pai, acrescentando que “para além da prova de Felgueiras, ganhamos praticamente quase todas as provas de estrada de 10 quilómetros que fizemos, tiramos sempre um pódio nos nossos escalões”.
“Nessa prova, em Felgueiras, foi o meu 1. ° ano, um ano cheio de vitórias, mas com muito sacrifício, esforço e dedicação. Quem compete sabe que não é fácil, mas no fim vale todo o esforço”, orgulha-se Patrícia.
Devido a uma nova lesão, Patrícia foi obrigada a parar os seus treinos. “O que me custou mais foi o facto de não estarmos tão juntos como antes. A minha rotina mudou muito e o atletismo tinha-nos aproximado, partilhávamos emoções, adrenalina e histórias juntos, fossem elas com ou sem finais felizes, mas estávamos sempre lá um para o outro para dar força”, lamenta.
Com a pandemia, “deixou de haver provas, não havia tanta motivação nem objetivos estabelecidos, então comecei a pensar noutros caminhos. Na altura estagiava no ginásio, onde trabalho atualmente, o Happy Place, e optei por me dedicar só ao ginásio e às aulas de grupo. Terminei o curso, fiz formações e, atualmente, é o que mais amo fazer: dar aulas de grupo, dar treinos, mudar corpos, mudar vidas e ganhar grandes amizades para a vida”, exprime a jovem.
Ainda que sem o apoio da filha nas pistas, Paulo Ribeiro conta com o seu apoio no exterior e corre agora em busca de novos pódios, juntamente com os seus colegas de equipa, no ARD Macieira – Atletismo.