COMO ESTÁ O COMÉRCIO EM LOUSADA? – FORTE IMPULSO ESCOLAR
Uma das fontes de mão de obra qualificada para o comércio está sob alçada da professora Isabel Fachada. É a coordenadora do curso Técnico Comercial é um Curso do nível secundário de educação, Nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, que tem bastante adesão e interesse na Escola Secundária e na comunidade.
“A estrutura curricular é constituída por três áreas: sócio-cultural, científica e técnica. Nesta componente, os alunos exploram conteúdos das disciplinas são, Técnicas de Marketing, Técnicas de Vendas e Organização e Gestão de Empresas”, explica a docente.
“Ao longo do ano letivo, completa-se a formação, com a elaboração de montras e decorações nos espaços escolares, com motivos alusivos às épocas do Halloween, Natal, S. Valentim e Páscoa, Feirinhas, palestras, Olimpíadas do Marketing, e visitas de estudo”, acrescenta.
Desde 2007, a Escola Secundária de Lousada “aposta nos cursos profissionais das áreas da Programação, Multimédia, Cozinha e Pastelaria, Auxiliar de Saúde e Comércio” e é no entender da docente “uma aposta ganha, dado que o mundo empresarial existente em Lousada tem vindo a crescer e como diretora de curso, tenho mantido um estreito contacto com as lojas, no sentido de alargar o leque de oferta dos locais de estágio e tentar dar resposta aos interesses dos alunos e das empresas”.
Os cursos profissionais do AEL “são fundamentais para responder às necessidades da comunidade e do mercado de trabalho local. No entanto, é sempre importante avaliar regularmente a sua adequação, ouvindo empresas, autarquias e a própria comunidade escolar. Se houver novas áreas com elevada empregabilidade ou lacunas no tecido empresarial local, poderá ser benéfico introduzir outros cursos. A adaptação contínua é essencial para garantir oportunidades reais para os alunos”, esclarece Isabel Fachada.
Na sua opinião “a vila de Lousada tem assistido a uma crescente abertura de novos espaços comerciais, cada vez apelativos e inovadores. A capacidade empreendedora é notória nas áreas da Solicitadoria, Contabilidade, Beleza, Estética, Saúde e Moda”, destaca. Estas atividades emergentes são “boas oportunidades para a integração dos alunos nos estágios, promovendo a inserção de jovens e o desenvolvimento de uma experiência prática em contexto de trabalho”.
A empregabilidade vai acontecendo a estes alunos com habilitações técnicas, mas podia ser melhor: “São cada vez mais requisitados no mundo empresarial. No entanto, as entidades mostram ainda alguma resistência em aceitar os jovens e alegam falta de tempo para acompanhar a formação”.
A docente abordou também a questão do campo comercial digital: “com a pandemia o E-commerce explodiu. As empresas tiveram de se reinventar e de se ajustar às alterações nos hábitos de consumo e de pagamentos. Neste contexto, a digitalização da economia, o aparecimento de novas plataformas tecnológicas, veio permitir o crescimento do comércio eletrónico. A escola também se ajustou e investiu em novos percursos formativos e ferramentas digitais, para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Hoje, o aluno lida diariamente com o digital e as empresas acolhem com entusiasmo essa qualidade nos alunos formandos”.
Por fim, em jeito de conclusão, a professora referiu que “a economia local apresenta fortes modelos de negócios. O comércio é um indicativo de que a região está em expansão. Todos os membros da comunidade lousadense devem manter-se ligados para esse interesse comum: permitir o crescimento económico e o desenvolvimento social”.












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