O Natal é o ponto alto da união das pessoas, das famílias, um bálsamo importante, pela partilha da refeição, pelo revisitar os locais, as tradições e os costumes. Com notável impacto emocional nas pessoas, pela envolvência deste, pela chegada de ente-queridos, pelas saudades, pela azáfama das compras, pela preparação da ceia, pela escolha dos produtos para a ceia, pela escolha dos doces, pela confeção dos doces, pela organização da mesa, queremos o mais e o melhor de tudo, mas será o mais o melhor?
Natal é tempo de doces, mas também de muitas calorias. A época de Natal faz as delícias de miúdos e graúdos com os típicos doces, uma tentação para resistir à gula.
Do ponto de vista nutricional, é uma época de desafios. Os portugueses gostam de mesas cheias e apelativas, que conferem alegria aos olhos mas, desafiantes para quem quer manter uma alimentação saudável e equilibrada e/ou para quem está num processo de perda de peso.
Nas entradas, nos pratos principais, na mesa das sobremesas, facilmente se encontra alimentos que habitualmente não são ou não deveriam ser ingeridos. É crucial refletir em três aspetos da alimentação, os ingredientes, as quantidades e os métodos de confeção. Importa assim, planear através da escolha da ementa, das receitas, analisá-las e fazer as alterações necessárias consoante o número de pessoas a que se destinam, elaborar a lista das compras, analisar os ingredientes e rótulos, por forma a fazer escolhas conscientes e economicamente favoráveis, e adaptar a confeção das entradas, pratos ou sobremesas para métodos de confeção mais saudáveis, sem comprometimento das suas características organoléticas. Visando ser refeições equilibradas, ajustadas há quantidade de pessoas, evitando desperdícios e o prolongamento da ingestão destes alimentos nos seguintes dias. A qualidade nutricional é primordial mas, com tantos gastos, ver o melhor preço também faz parte das compras, por isso, preferir produtos vendidos a granel, confecionar o mais possível em casa, as quantidades necessárias e reaproveitar as sobras são excelentes medidas a adotar.
As comemorações do Natal são 2 dias ou melhor 2 refeições, e a Passagem de Ano é só de dia 31 de dezembro para 1 de janeiro, tornando-se essencial evitar excedentes de refeições, alimentos, doces no Natal até à passagem de ano e/ou da passagem de ano até ao dia de reis, uma estratégia para não exagerar também nos dias seguintes. Sabe-se que, mesmo fazendo todas estas reduções é uma altura de excessos, sendo relevante repensar as refeições e incutir nas famílias atividades, para que possam se manter unidos e fisicamente ativos.
E, não adianta na passagem de ano, pedir o desejo de perder peso ou se tornarem mais saudáveis, em primeira instância é importante pensar/refletir sobre os hábitos alimentares, tomar consciência dos erros, priorizar a saúde, e ter uma atitude ativa, motivada, consciente e informada para a realização destes desejos, com a ajuda profissional.
Que na luz do Natal encontremos a luz que precisamos para em 2020 sermos saudáveis, acrescentado à vida, anos de vida com qualidade e Saúde.