Coronavírus
Segundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS), estamos perante uma situação de pandemia, por causa do novo coronavírus (Covid-19), tal, exige um olhar atento e responsável, sobretudo atitudes concernentes com as recomendações da Direção Geral de Saúde, em paralelo com a luta contra o alarmismo, importa ser razoável na aquisição de alimentos, evitar o desperdício alimentar e pensar no Outro (que também vai querer adquirir bens alimentares), que remete para formas de antecipar/prevenir/atuar comuns e algumas diferentes.
Temos, por exemplo, a Alemanha que, dada a experiência das guerras mundiais com restrição do fluxo de bens, por qualquer tipo de emergência, em caso de isolamento até dez dias, tem indicações precisas do que deve ter em casa, porém, Portugal, peca pela ausência de modelo idêntico.
Este cenário de saúde pública leva a população/consumidor a comprar em quantidades superiores à normalidade, com isto, importa reforçar a relevância de planear as compras, isto é, equacionar, dentro do possível e de acordo com o panorama da atualidade, o tempo previsto de isolamento e o número de pessoas em casa. Assim, a lista poderá ser realizada, tendo em conta as doses individuais de cada produto alimentar/alimento, por forma a garantir uma saudável variedade alimentar e riqueza de nutrientes. Acarreta ter em conta e garantir aporte de alimentos ricos em nutrientes, escolher produtos com um prazo de validade longo, fazer uma utilização racional dos frescos (de acordo com a sua durabilidade), apostar em produtos com elevada rentabilidade, ou seja, que tenham uma boa relação entre quantidade, nutrientes e capacidade de saciar.
Torna-se assim, crucial criar quatro listas distintas, uma de produtos secos, uma de produtos frescos, uma de produtos congelados e outra de produtos diversos/geral.
Na lista de produtos secos, incluir pão (à unidade ou fatiado, podendo este depois ser congelado), arroz e massa (por refeição estimar cerca de 100g por pessoa, que comtemple estes) e leguminosas (grão-de-bico, feijão, lentilhas, além de serem ricas em fibras, podem ser servidas sem qualquer proteína, compondo uma refeição principal).
Quanto aos lacticínios ter em consideração quantas pessoas ingerem leiteem casa e comprar uma quantidade que preveja uma média, por dia, 3dl/pessoa. Na secção de iogurtes, optar por dia, pelo menos uma unidade por pessoa, fazendo a gestão do prazo de validade. Manteigas e queijos é variável, conforme o consumo em cada casa, devendo comprar quantidades similares a uma situação corrente.
Na compra dosvegetais e das frutas, fazer uma média de consumo por pessoa, por dia, gerindo o consumo, conforme a perecibilidade (produtos alimentares que se estragam rapidamente, devido a fatores como a humidade, temperatura e pressão), como exemplo, as carnes, verduras e frutas.
Para a lista dos produtos congelados devemos optar novamente por mais vegetais e pelo pescado. Quanto, às compras de carne, aconselha-se quantidades reduzidas, em sua substituição, podendo optar pelos ovos, que são uma alternativa proteica, rica do ponto de vista nutricional e com uma validade longa.
De acrescentar, às listas, batatas e cebola, alho, azeite, especiarias e condimentos, essenciais para cozinhar no dia-a-dia. De relembrar que, a água é fundamental para os cozinhados e para ingestão diária.
Também nas compras, devemos ressalvar a importância de verificar os prazos de validade e arrumar as que têm o prazo mais longo, sempre na parte de trás dos armários.
De precaver que, a realização de compras em quantidades superiores (conscientes), prende-se com a importância para quem está em isolamento não expor o próximo ao risco, e para a restante sociedade fazer face aos cuidados recomendados, nomeadamente, evitar locais com aglomerado e proximidade de pessoas.
Quanto, à Segurança Alimentar, o ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças), comunicou que, parece muito pouco provável que a importação de bens alimentares de regiões afetadas represente um perigo.
Segundo, um porta-voz do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, não há conhecimento de relatos por coronavírus, transmitido por alimentos ou embalagens de alimentos.
Nos Estado Unidos da América, algumas das orientações do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dizem respeito aos alimentos, nomeadamente, “lave as mãos frequentemente com sabão e água durante pelo menos 20 segundos, especialmente depois de libertar expetoração, espirrar, ir à casa de banho, ou antes de comer e/ou preparar alimentos”; “(…) evite (…) partilhar comida”. A administração Trump publicou um conjunto de recomendações preventivas relativamente ao Coronavírus, de entre as várias, “avaliar o estado de saúde dos manipuladores em restaurantes/bares/cafetarias/cantinas”, e “garantir que as práticas de higiene nos locais de preparação, confeção e consumo alimentar estão garantidas”. Em síntese, ao manusear ou preparar alimentos, o governo dos Estados Unidos da América, recomenda seguir práticas padrão de segurança alimentar, como lavar as mãos e as superfícies com frequência, separar a carne crua de outros alimentos, refrigerar os alimentos e cozinha-los à temperatura adequada.
A Organização Mundial de Saúde, relativamente à manipulação e consumo de alimentos, recomenda a lavagem cuidada e constante das mãos, e o cuidado com a possível contaminação cruzada entre bens alimentares crus e cozidos.
É de premência garantir boas práticas de higiene, pois justifica os cuidados a ter com a preparação, manipulação e ingestão alimentar. A alimentação é nutre e fundamental, mas sozinha não caminha sem o nosso, seu contributo, por isso, como consumidor seja consciente e racional, para seu bem e do Outro.
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